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O município do Cachiungo tem sido, nos últimos anos, um “grande viveiro” na produção de mel. O negócio está a permitir o sustento de milhares de famílias, que a partir do que ganham também encontram soluções para o fomento da agricultura.
Apesar da produção em grande escala, os apicultores queixam-se do abate indiscriminado de árvores e das sucessivas queimadas, que originam a fuga das abelhas.
O negócio do mel e a actividade de apicultura conta, no Huambo, com o envolvimento de famílias organizadas em associações e cooperativas.
Alguns dos mercados, para os quais recai a venda do produto, têm sido, frequentemente, os das províncias do Bié, Benguela, Luanda, Huíla e Cunene. Os habitantes do Huambo também têm beneficiado do negócio.
Celina Alua e Esperança Mbaka, duas das vendedoras de mel neste município, situado 61 quilómetros a Leste da sede da província do Huambo, alegam que o negócio não assegura grandes margens de lucro, mas, ainda assim, dá para o sustento dos filhos.
Celina Alua disse que adquire o mel de jovens e adolescentes que saem de al gumas aldeias para depois revender à berma da Estrada Nacional 140, que liga o Bié à província do Huambo, por ser frequentada por um número considerável de transeuntes. "Às vezes, compro bidões de 25 litros a 23 mil kwanzas e obtenho lucros de apenas 2 mil”, disse.
Apesar do pouco rendimento, a jovem Celina Alua sublinha que com o que ganha, por dia, consegue sustentar a família.
"Não é muita coisa, mas já dá para sustentar os filhos e ajudar nas despesas de casa”, acrescentou, lembrando que os preços por litro variam entre dois mil e 2.500 kwanzas, enquanto por meio litro o cliente pode pagar entre 1.000 e 1.200 kwanzas. Esperança Mbaka, por seu turno, alinha no mesmo diapasão da colega de negócio.
Acrescenta, nesse particular, que o dinheiro que ganha, além do sustento do agregado familiar, serve também para a compra de fertilizantes para o fomento da actividade agrícola.
"Os lucros aplicamos também na compra de adubos para ajudar no cultivo de outros produtos como milho, batata, feijão, hortaliças e outros produtos nas nossas lavras”, disse.
Grito dos apicultores
Os homens que se dedicam à produção do mel a nível da circunscrição queixam-se do abate indiscriminado de árvores e das queimadas que são recorrentes na região. Joaquim Muali e Gabriel Inácio são dois produtores que revelam que estas práticas afugentam as abelhas e criam embaraços aos apicultores.
Quer um, quer outro, diz ter mais de cinquenta colmeias, mas, ainda assim, falam da fraca compensação no negócio, pelo facto de as queimadas e o abate de árvores afugentarem as abelhas, originando daí à fraca produção de mel em muitos casos.
Principal ponto de produção de mel
Segundo dados colhidos pela equipa de reportagem do Jornal de Angola, as localidades do Lonundo, Sanguengue e Chamuanga são em Cachiungo os principais pontos de produção de mel desta circunscrição da província do Huambo. Com uma extensão territorial de 2.947 quilómetros quadrados e uma população estimada em mais de 150 mil habitantes, o município do Cachiungo é constituído, além da sua sede, pelas comunas de Chiumbo e Chinhama.
A região é limitada a Norte pelo Bailundo e a Leste pelos municípios do Chinguar e Chitembo, ambos circunscritos à província do Bié. A Sul tem como ponto limítrofe o município do Cuvango (Cuando Cubango) e a Oeste o da Chicala-Choloanga, outro dos 11 que inscrevem o Huambo.
Além da apicultura, a agricultura e pastorícia são outras actividades de sustentabilidade das famílias locais. Porém, o facto é que em grande escala, no Cachiungo muitas mulheres vêem o sustento das famílias obtido pelo negócio de mel.
Administração apoia actividade dos produtores
O director municipal da Agricultura no Cachiungo, Adelino Sicato, destacou o facto de a nível local haver três associações produtoras de mel, nomeadamente as do Lonundo, Sanguengue e da Chamuana. O responsável lembra, por outro lado, que a actividade da apicultura na municipalidade tem apoio das autoridades locais.
Adelino Sicato recordou, para o efeito, que a Administração Municipal do Cachiungo tem prestado apoio pontual aos apicultores, atribuindo kits. No entanto, como declarou, estes optam por equipamentos rudimentares. "Na verdade, para incentivar a produção de mel nestas paragens tem-se atribuído kits de colmeias convencionais, mas, em contrapartida, os apicultores não aderem a estes, alegadamente, porque as abelhas não entram nas colmeias. Preferem cortiças, cortadas de eucaliptos, para servir de reservatório de mel”, frisou o responsável da Agricultura.
Por outro lado, lamentou também a prática de abate indiscriminado de árvores e de queimadas anárquicas, que estão a devastar as florestas. "Por exemplo, no perímetro do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), que sai do Cachiungo para o Huambo, há muita devastação de árvores. Em consequência disso, nas imediações do Sanguengue as florestas praticamente já não existem. Contudo, está a se fazer o repovoamento desta zona para atenuar a situação da fuga das abelhas, em consequência do abate indiscriminado de árvores, já que, como é sabido, muitas famílias têm o seu sustento dependente do negócio do mel”, replicou o responsável da Agricultura.
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