O Ministério da Energia e Águas realiza, de 27 a 28 de Setembro, na província de Benguela, o 12.º Conselho Consultivo, soube, hoje, o Jornal de Angola.
A província do Namibe tem, desde terça-feira, mais uma solução energética, com a inauguração da central fotovoltaica do Caraculo, construída numa área de 33 hectares, a 60 quilómetros de Moçâmedes.
A central foi inaugurada pelos ministros dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e da Energia e Águas, João Baptista Borges.
A construção teve início em Junho do ano passado e esteve a cargo da empresa "Solenova”, uma joint-venture detida em partes iguais pela Sonangol e a italiana ENI para o desenvolvimento de energias renováveis.
No mesmo espaço foram instalados cerca de 46 mil painéis bifaciais com a previsão de produzir 49 watts/hora.
O ministro da Energia e Águas considerou a inauguração da central fotovoltaica do Caraculo como um acto que marca não só uma solução energética nova para a província do Namibe, mas também o marco de uma primeira parceria pú-blico-privada na área das energias renováveis.
"Este projecto marca uma nova etapa naquilo que tem a ver com a utilização de novas fontes de energias renováveis para a produção de energia eléctrica. Vamos ter aqui uma energia eléctrica mais barata, uma fonte energética abundante e regular durante o ano todo e, por isso, vamos ter uma poupança significativa no combustível que utilizamos para produzir energia eléctrica”, realçou.
João Baptista Borges lembrou que, anualmente, são consumidos cerca de 140 milhões de litros de gasóleo para abastecer as duas principais cidades da região Sul, o Lubango e Moçâmedes. Com a central de Caraculo, sublinhou, haverá uma poupança de cerca de 18 milhões de litros por ano. "Isto é significativo”, referiu o ministro, insistindo que se está a caminhar no sentido de proporcionar à população uma energia mais barata.
João Baptista Borges informou que esta relação comercial, assumida entre o sector publico e os empreendedores desse consórcio, assenta num contrato de longa duração que vão honrar. As receitas provenientes da venda de energia da rede de distribuição aos consumidores das províncias do Namibe e da Huíla, disse, vão servir para sustentar esta relação comercial.
Para o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a inauguração da central fotovoltaica do Caraculo representa um marco importante na diversificação da matriz energética de Angola.
Diamantino Azevedo disse que este investimento conjunto entre a Sonangol e a Zule Energy representa também uma forma de transição mais eficiente dos recursos naturais disponíveis para a produção de energia eléctrica limpa, com custos mais reduzidos para o Estado. "Neste caso, fez-se o casamento entre a tecnologia e o sol, uma fonte de energia à partida inesgotável, o que deverá ser também a nossa determinação em fazermos uma transição energética justa, eliminando a pobreza energética e garantindo o seu acesso às populações mais desfavorecidas, assim como permitir o desenvolvimento de um sector industrial local para a melhoria da vida dessas populações”, realçou.
O ministro informou que o sector petrolífero nacional, por via da Sonangol e apoio da Zule Energy, abraçou esse desafio, dando corpo a uma estratégia sectorial e do Executivo que visa desenvolver um im-portante parque de energias renováveis, de modo que, em 2025, se ultrapasse a marca de 70 por cento de energias limpas na matriz energética nacional.
O governador provincial do Namibe, Archer Mangueira, considerou que a principal vantagem desta central é que contribuirá para o desenvolvimento sustentável das comunidades que terão importantes melhorias nas suas vidas, com mais e melhor acesso à agua, saúde e educação, além da electricidade.
"A produção desta energia irá contribuir em grande medida para o processo de electrificação da nossa província, com todas as vantagens que advêm do facto de ser produzida a partir de uma energia de fonte renovável, o sol do deserto do Namibe”, referiu.
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