Cultura

“Museus são fontes de conhecimento”

Manuel Albano |

Jornalista

A importância de tornar as instituições museológicas no país multifuncionais, com a pretensão da criação de novos factos culturais e artísticos, tem permitido desconstruir a ideia de que são “monstros adormecidos, sem utilidade pública de relevância”.

19/05/2024  Última atualização 09H58
Pais e filhos tiveram a oportunidade de partilhar experiências © Fotografia por: Edições Novembro

Em comemoração ao Dia Internacional dos Museus, assinalado, ontem, sob o lema "Museus, Educação e Pesquisa", a Casa Museu Óscar Ribas e Museu Nacional de História Natural promoveram várias actividades para assinalar a efeméride. Pais e encarregados de educação, juntaram-se aos filhos e juntos viveram momentos de lazer em que crianças, adolescentes e jovens mostraram as habilidades artísticas numa agenda cultural que para além das visita guiada, houve degustação dos kitutes da terra baseados na obra "Alimentação do Regionalismo Angolano” de Óscar Ribas, oficina de música com o suporte da Banda Episalque, do trio dos alunos da escola de música da Casa Museu e exposição sobre a vida e obra do seu patrono.

O ambiente criado em torno da data, reforçou a ideia, não apenas da temática deste ano, é escolhida pelo Conselho Internacional dos Museus (ICOM), mas sobretudo pela renovação estética e das abordagens que se pretende dos museus como "instituições vivas na transmissão de conhecimento”, disse, Sidónio Domingos, director-geral da Casa Museu Óscar Ribas, em declarações ao Jornal de Angola, no encerramento da actividade.

A importância dos museus como espaços educativos que incentivam a descoberta e a compreensão cultural, é o foco das actividades realizadas ontem, numa iniciativa do Ministério da Cultura e do Instituto Nacional do Património Cultural.

O objectivo, segundo orientação do ICOM, as actividades devem pautar-se por mostrar o impacto positivo das instituições museológicas como espaços educativos que promovem a curiosidade, criatividade e o pensamento crítico.


Espaços de intercâmbio e experiências mútuas

No âmbito da efeméride, promoveu-se sexta-feira e ontem, a terceira edição do programa "O Museu Aberto”, na Casa Museu Óscar Ribas, em Luanda.

Sidónio Domingos, disse que a iniciativa, visou promover uma maior proximidade do público com a Casa Museu, proporcionando uma experiência cultural e educativa enriquecedora, cujo propósito foi promover um roteiro turístico.

No encerramento da actividade, a organização ofereceu uma experiência única para quem tirou parte do seu tempo para conviver com os filhos, num intercâmbio cultural de experiências mútua.


O papel das artes no processo de socialização

Fabiana Marcolino, toca piano há seis meses faz parte do trio, composto por Yuri Leitão e Lígia Maneira. Maravilharam o público com alguns temas do cancioneiro angolano e brasileiro. Na música, explicou, pretende dar continuidade. "Gosto de música e faço por amor e quero aprender mais três instrumentos”.

A música representa a paz, espiritualidade e tranquilidade. "Ela transmite sentimento que muitas das vezes não conseguimos exprimir”. Por sua vez, o jovem Yuri Leitão, diz-se apaixonado pela guitarra e mostrou ter potencial. O piano foi o seu primeiro instrumento, mas o amor pela guitarra falou mais alto. A relação de "amizade” com o instrumento, ficou visível no dedilhar da guitarra. Já a pequena Lígia Maneira, escolheu a guitarra por ser um instrumento fácil de manusear. "A música serviu-me de terapia porque era muito tímida e ajudou-me a ser uma pessoa mais social”.

O jovem Ito Ferreira toca piano e revisitou o clássico de Boby Marley "No Woman, No Cry”, o que lhe mereceu muitos elogios, embora não dominasse ainda com destreza a partitura da letra. O jovem aceitou o desafio do seu professor de música Moisés Aníbal, por lhe reconhecer progressos significativos durante as aulas.

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