O Museu Regional da Huíla, única instituição na província, recebeu cerca de 2.500 visitantes no primeiro trimestre deste ano, na maioria estudantes dos 6 aos 18 anos.
O fluxo de visitantes é dominado por estudantes do ensino primário e secundário. Além dos estudantes, a instituição registou a visita de 60 estrangeiros, na sua maioria portugueses, seguidos de espanhóis e suíços, entre os meses de Janeiro e Março.
O Museu Regional da Huíla, fundado em 1957, tem mais de 1.550 peças etnográficas, classificadas nas categorias de pastorícia e caça, instrumentos musicais, poder e crença, adornos e vestuário, agricultura e pesca, arquitectura (Ewumbo), cestaria, olaria e cabaças.
A conservação do acervo, segundo a directora do museu, Angelina Sacalumbo, é feita semanalmente por técnicos da instituição, utilizando trinchas, luvas e panos de algodão.
Sobre a protecção do acervo e das instalações, Angelina Sacalumbo assegurou que o museu está bem servido, tem efectivos da Polícia Nacional, ligados à área de Protecção de Objectivos Estratégicos, que garantem segurança 24 horas por dia.
Em relação às parcerias com instituições nacionais e estrangeiras, a directora do museu disse que existem tanto com instituições públicas quanto com privadas, nacionais e estrangeiras, com destaque para o apoio que é prestado pelo Governo Provincial da Huíla, do Gabinete da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, assim como do Gabinete Provincial da Educação.
Realçou, também, a parceria com o Instituto Politécnico 131 (IPOLUB), a Mediateca do Lubango, Escola Portuguesa do Lubango, o Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) da Huíla, o Movimento Lev'Arte, Duo CF e AB, a Top Oferta e o Centro de Artes Padú. A nível internacional, disse que o museu conta com o apoio do professor Octávio Mateus, de nacionalidade portuguesa, num projecto investigativo de paleontologia.
Universitários aderem pouco
Marinalda Aguinaldo, estudante do primeiro ano de Direito, na Universidade Mandume ya Ndemufayo, revelou que se sentiu atraída a saber mais sobre o Museu Regional da Huíla, onde contemplou máscaras que traduzem as culturas dos grupos étnicos locais e das províncias do Namibe e do Cunene.
Na sua opinião, a importância dos museus está na base de serem instituições que preservam a História do país e constituem um meio de dar a conhecer às gerações futuras o passado dos povos nas suas mais diversas vertentes.
Além do museu local, Marinalda Aguinaldo disse já ter visitado o Museu Nacional das Forças Armadas e o de Antropologia, ambos em Luanda.
Mohamed Dumbe, estudante de Economia, também na Universidade Mandume ya Ndemufayo, destacou a importância dos museus por reunirem instrumentos ou peças que simbolizam as culturas locais e do país de uma maneira geral.
Sobre a importância destas instituições, de acordo com o estudante universitário, está relacionada com a conservação e divulgação da história de todo um povo ou de uma determinada cultura, logo é a partir daí que se pode estar ligado ao passado para assegurar o presente e projectar a construção do futuro. "Porque um povo que não conhece o seu próprio passado, não sabe o que fazer no presente e dificilmente vai saber construir o futuro”, disse.
Embora nunca tenha visitado um museu, reconheceu que são instituições de grande interesse, porque oferecem conhecimentos e experiências diversas.
"Gostaria de visitar o Museu Regional da Huíla e o Museu da Moeda, em Luanda, para conhecer a evolução da História da moeda angolana até à data presente, uma vez que sou estudante de Economia”, disse com alguma culpa no olhar, por nunca ter visitado um museu.
Na mesma situação, Estevão de Castro, também estudante de Economia, admitiu nunca ter visitado um museu, mas disse tem todo o interesse em visitar o Museu da Moeda, em Luanda.
Considerou "muito importante” visitar os museus, porque "é neles onde encontramos o conjunto da nossa história e cultura ancestrais”.
A maior parte dos elementos culturais, segundo o estudante, está representada em peças e artefactos museológicos, que simbolizam a história do país, da região e da província, por isso, a grande importância dessas instituições, que são pilares que espelham o passado de um povo.
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