Os 45 turistas integrantes do Comboio Mais Luxuoso do Mundo, oriundos da Suíça, Holanda, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra, Portugal e Brasil, mostraram-se, quinta-feira, encantados com a rica colecção de peças e as exposições permanentes e temporárias do Museu Nacional de Arqueologia, em Benguela.
O edifício do Museu Nacional de Arqueologia, que é um centro cultural por excelência que abriga uma vasta colecção de peças, que documentam a rica história e cultura de Angola, mereceu elogios dos visitantes. O museu concentra-se na exibição de achados arqueológicos pré-históricos, oferecendo uma visão profunda sobre as antigas civilizações que habitavam a região.
Os turistas ficaram a saber que o museu, também, serve como um local de pesquisas e estudos, fornecendo informações valiosas para estudiosos, estudantes e público, em geral, interessados na história e arqueologia do país.
Os turistas foram unânimes em reconhecer que o acervo existente transmite uma mensagem relacionada com a história dos povos ou comunidades.
A nível do museu, por exemplo, os turistas foram informados de que estão disponíveis mais de 14 mil peças que fazem parte do seu espólio.
As macutas, que foram as primeiras moedas de metal cunhadas em 1693 e introduzidas em 1694 em Angola, enquanto colónia, e os fósseis ósseos de duas baleias que foram descobertas em 1997 e escavadas em 2001, por uma equipa constituída por angolanos e franceses, despertaram o interesse dos visitantes.
Os visitantes estrangeiros observaram atenciosamente as peças expostas, com destaque para as missangas e instrumentos líticos (de pedra) que foram fabricados e utilizados pelos antepassados. As máscaras Muana Pwó, Muquixi wa-Pomba, libongo (moeda utilizada no Reino do Ndongo), flechas e zagaias, que fazem parte do espólio, também cativaram os visitantes, que prometeram levar um testemunho positivo.
Outra peça museológica presenciada e que impressiona os turistas do Comboio Mais Luxuoso do Mundo foram os dentes fossilizados de megalodon, que foram encontrados, no complexo arqueológico do Dungo 13, em 2018.
O megalodon foi o maior tubarão que existiu na pré-história e já extinto, assim como fósseis da mandíbula de um elefante que foi encontrado no complexo arqueológico do Mormolo, em Benguela, além do Land Rover, que foi uma viatura oferecida ao Museu, em Março de 1979, durante a visita do primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto.
Estrangeiros realçam ganhos
O norte-americano Pape destacou a valência do Museu Nacional de Arqueologia e atribuiu nota positiva à colecção museológica em si, a arquitectura do edifício e ao cuidado na preservação dos artefactos expostos.
Ao visitar o museu, o norte-americano disse que ficou impressionado com a riqueza e diversidade das colecções arqueológicas, que oferecem uma janela para o passado antigo de Angola, em particular, e do continente africano, em geral.
Já a brasileira Maria Flaciane frisou que foi bom ouvir a história do Museu Nacional de Arqueologia, que tem, também, reflexo na história do Brasil. A turista reconheceu que através das exposições, o estrangeiro pode apreciar a complexidade e a diversidade das culturas que habitavam a área, bem como a importância da preservação deste património.
A impressão da visita feita aos locais turísticos de Benguela, afirmou, é cativante. Já o americano identificado apenas por Pape se mostrou encantado com a hospitalidade do povo angolano.
"Quando viajamos esperamos encontrar pessoas com cultura e história própria. É o que conseguimos verificar em Benguela”, realçou, enfatizando a simplicidade do povo da província.
Já o director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos de Benguela, Pascoal Luís, avançou que os turistas ficaram maravilhados com o que viram, desde o próprio edifício do Museu Nacional, culminando com a própria história.
De acordo com Pascoal Luís, o edifício do museu tem uma história que data da era do tráfico de escravos e está a ser positivo divulgar as valências existentes na cidade e província de Benguela, cuja sua existência data há mais de 400 anos.
Na cidade de Benguela, indicou, além do Museu Nacional de Arqueologia, os turistas visitaram, igualmente, a Praia Morena, a Igreja Católica do Pópulo e a Sé Catedral. "Acreditamos que os turistas são os exímios embaixadores do que nós temos de melhor e com certeza poderão trazer muito mais turistas para a província”, mostrou-se confiante.
Pascoal Luís disse que as visitas dos turistas proporcionam, também, valências no sector económico, na medida em que há gastos que efectuaram, com reflexo na balança da província e do país, em geral.
O chefe de Departamento do Museu Nacional de Arqueologia, Bilioó Marta do Carmo Miguel, disse ao Jornal de Angola, que quando um turista se desloca àquela instituição é atraído, em primeiro lugar, pelo edifício em si, que está classificado como Património Cultural Nacional, mas também a forte ligação que o mesmo faz com a história do Brasil e não só.
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