“A Valorização dos Instrumentos e da Música Tradicionais de Angola” é o título da exposição de peças museológicas, que o Museu Nacional de Antropologia inaugura, amanhã, às 16h00, nas suas instalações, na Baixa de Luanda.
Segundo o director-geral do Museu Nacional de Antropologia, Álvaro Jorge, a exposição tem como objectivo celebrar o Dia Internacional dos Museus, que se assinala amanhã, cujo tema central é "Museu para Educação e Investigação”.
A exposição, disse, fica aberta ao público a partir de sábado, 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus. A cerimónia de inauguração da exposição, amanhã, será reservada para convidados.
De acordo com Álvaro Jorge, no âmbito da execução das acções educativas e de divulgação do acervo, sob a guarda da instituição tutelada pelo Ministério da Cultura, o museu pretende, através com esta mostra chamar a atenção da sociedade para a necessidade de estudar, compreender e repensar a função dos instrumentos e da música ancestral de Angola.
Os instrumentos a serem expostos, garantiu, ilustram tecnologias específicas e formas plásticas diferenciadas que permitem realçar a arte e a cultura dos seus fazedores e usuários, além de despertar o interesse dos estudantes e pesquisadores em estudarem, cada vez mais, os aspectos históricos, antropológicos e sociológicos nos processos de musealização do património histórico-cultural.
O acervo em abordagem na exposição é usado essencialmente para acompanhar a música ancestral, bem como para celebrar rituais e eventos importantes, além de ser rico e diversificado são instrumentos musicais bastantes conhecidos e divulgados pelos angolanos, como o kissanje, tambores, vulgo batuques, reco-reco, cinguvu, violinos, entre outras ferramentas de canto inusitados.
Parte destes instrumentos, salientou o director do museu ainda estão presentes em grandes agrupamentos musicais da época contemporânea, fazendo a junção entre a tradição e a inovação, assim como também estão presentes no outro lado do Oceano Atlântico, como nos Estados Unidos, Brasil, Cuba e outros países da América do Sul.
Para Álvaro Jorge, a exposição reflecte a importância desses instrumentos, no passado e actualmente, realçando que há uma dança chamada capoeira, uma expressão cultural e desportiva afro-brasileira que mistura arte marcial, dança e música, especificamente no Brasil, desenvolvido por via desses instrumentos que faziam parte dos escravos levados nas Américas.
Quanto ao número de visitantes que o Museu Nacional de Antropologia recebeu deste o início do ano até o mês de Abril, Álvaro Jorge avançou que a media mensal é de mil pessoas, sendo que deste número 700 são adolescentes.
O acervo é constituído por colecções etnográficas, que abrangem os aspectos sociais, económicos, políticos e culturais dos diferentes grupos etnolinguísticos de Angola.
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