Com curadoria de Jamil Osmar, a exposição conta, além das obras dos artistas principais, com trabalhos de artistas emergentes, como Debora Sandjani, Manuel Ventura, Danick Bumba e Yola Balanga.

A mostra, explicou o curador, que é parte do projecto "Reencontros de Luanda”, da galeria ELA, procura explorar, através de singularidades, o choque entre dois mundos, com hábitos diferentes, como Angola e Bélgica.

"É uma forma de trazer de volta à consciência valores como a terra e os ancestrais, de forma a estarmos cientes da importância da vida e da natureza, em duas partes distintas do mundo”, esclareceu o curador.

Os trabalhos, acrescentou, procuram focar, por meio de imagens da cidade, a imagem ilusória do "eu” como uma entidade separada do "ser”. "Precisamos de uma nova história para poder redefinir o papel que temos neste universo, que vai além de sermos angolanos, ou humanos”, referiu.

Para o curador, o facto de dois artistas distintos trabalharem juntos para recriarem um novo imaginário, significa que é possível existir pontos comuns em espaços distintos. "É uma forma de redescobrir a união entre o eu e o ser”, destacou.

O projecto, idealizado pela galeria ELA , explicou, vai ser anual, com a participação, regular, de outros dois ou mais artistas convidados. Para esta primeira edição, o angolano Van e o belga Kristof Degrauwe usaram, entre outras, técnicas como tinta sobre tela, acrílico, colagem e fotografias.

Natural de Luanda, Van, pseudónimo de Francisco Van-Dúnem, é artista plástico, docente universitário e mestre em educação artística.

O belga Kristof Degrauwe é fotógrafo, compositor e professor de ioga.