A Primeira Dama da República de Angola, Ana Dias Lourenço, exortou, ontem, em Luanda, as mulheres de Cabinda ao Cunene, do Oeste ao Leste, a empenharem-se, cada vez mais, na luta pela igualdade do género e contra todos os tipos de violência.
Ao discursar na cerimónia de encerramento do primeiro curso de "Defesa e Segurança Nacional na perspectiva do género, no âmbito da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, destinado a quadros superiores do Poder Legislativo e Executivo que terminou ontem, Ana Dias Lourenço disse estar solidária com as mulheres angolanas pela coragem e resiliência demonstradas desde a luta de libertação até ao alcance da paz.
De acordo com a Primeira Dama da República, a luta pela igualdade de género deve ser contínua para a médio e longo prazos pôr termo a descriminação e a violência no feminino, promovendo o bem-estar social e uma convivência sã e próspera para todos.
Ana Dias Lourenço convidou as 167 auditoras do primeiro curso de "Defesa e Segurança Nacional na perspectiva do género” a produzirem, empenhadamente, uma nova cultura de igualdade e dar passos concretos em direcção à mudança, à semelhança das temáticas debatidas durante os cinco dias de formação.
A Primeira Dama da República de Angola referiu que a "problemática do género nos órgãos de defesa e segurança”, "a participação do género nas operações de paz”, "a condição das mulheres nos órgãos de defesa” e a "inter-sectoriedade” da segurança nacional” abordados na formação, constituem uma vitória para todas as mulheres do país.
Costuma-se dizer que a igualdade de género surge, antes de tudo, quando mulheres e homens encaram-se com respeito, de igual para igual, ressaltou Ana Dias Lourenço, sublinhando que a institucionalização do respeito entre homens e mulheres deve ser uma atitude e um comportamento promovido pelo Estado.
A 4ª Conferência Mundial sobre Mulheres da Organização das Nações Unidas, realizada em Pequim, em 1995, referiu a Primeira Dama da República, foi o primeiro marco internacional nesta matéria, com a adopção de uma Declaração e Plataforma de Acção, sobre os direitos das mulheres.
No entender da Primeira Dama de Angola, a participação das mulheres na promoção, manutenção e construção da paz são condições para que as suas experiências, prioridades e soluções contribuam para a estabilidade das nações através de uma governação inclusiva.
Segundo a Primeira Dama da República de Angola, a integração das mulheres nos órgãos de soberania do Estado, em particular nos sectores da Segurança e Defesa Nacional, é uma realidade. Porém, o seu peso precisa ser reforçado, de forma equiparada ao que acontece na Administração Pública, onde cerca de um quarto dos funcionários são mulheres.
Ana
Dias Lourenço referiu que o aumento do efectivo de mulheres nas Forças Armadas
Angolanas (FAA) e na Polícia Nacional, que participam em missões internacionais
de construção e manutenção da paz e da segurança, a exemplo da ida à República
Democrática do Congo (RDC) e observações eleitorais, são algumas condições para
a implementação prática dos princípios de equidade, justiça e igualdade
preconizados pela ONU.
Programa cumprido com êxito
O secretário de Estado para os Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria,
Domingos Tchikanha, referiu que o programa foi cumprido com êxito, merecendo
especial destaque a introdução de matérias ligadas ao Direito Internacional, da
problemática do género nos órgãos de Defesa e Segurança, bem como da
participação das mulheres nas operações
de apoio à paz.
Domingos Tchikanha agradeceu os participaram na preparação e realização do curso, nomeadamente o Brasil, Cabo Verde, Portugal e os demais países da CPLP.
Com a duração de cinco dias, o curso contemplou 22 conferências assentes em três quadros, nomeadamente o conceptual, nacional e o internacional.
Participaram na cerimónia de encerramento do primeiro curso o Chefe de Estado Maior das FAA, General-de-Aviação Altino Carlos José dos Santos e altas patentes dos três ramos das FAA, da Polícia Nacional e membros do Executivo.
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