Cultura

Mulheres artistas debatem os desequilíbrios de género

Francisco Pedro

Jornalista

O auditório Pepetela, no Camões - Centro Cultural Português, foi o ponto de encontro de vários artistas que, a convite do Procultura – Promoção do Emprego nas Actividades Geradoras de Rendimento - discutiram a igualdade de género e o papel das mulheres nas artes.

15/03/2021  Última atualização 16H58
Mesa-redonda no Camões junta senhoras das artes para falarem das desigualdades no género © Fotografia por: DR
Ana Clara Guerra Marques, bailarina, coreógrafa e directora da Companhia de Dança Contemporânea de Angola, a cine-asta, encenadora e directora da Casa das Artes, Maria João Ganga, e a secretária de Estado da Família e Acção Social, Elsa Bárber, fizeram parte do painel de oradores da mesa redonda subordinada ao tema "Cultura no Feminino: (des) equilíbrios na igualdade de género”.

O debate, que decorreu no âmbito do Dia Internacional da Mulher, foi moderado pelo director do Centro Cultural Português, Telmo Gonçalves, e decorreu de maneira descontraída entre todos, inclusive do público, que participou numa sessão de perguntas e respostas. Entre as questões que do-minaram o debate, destacaram-se as experiências pessoais das artistas e a visão das mesmas sobre os constrangimentos, assim como as vitórias que a mulher enfrenta no mundo das artes.

Por via online participou Ingrid Fortez, educadora e consultora para as indústrias criativas, Danilsa Gonçalves, actriz do Miragens Teatro, actualmente estudante de teatro na Universidade de Évora, no âmbito das Bolsas do Projecto Procultura. As mulheres questionaram ainda os factores que promovem a desigualdade de género, evidenciaram as fragilidades existentes nas diferentes oportunidades de trabalho, colocaram a nu, e sem qualquer tabu, os preconceitos existentes sobre o papel da mulher na sociedade, e em especial no sector das artes e da cultura.

De acordo com Dalila Salvador, Assistente Técnica do Procultura, o debate permitiu uma reflexão muito séria sobre a necessidade de criar novos paradigmas sobre a participação da mulher no universo artístico e impulsionou para a necessidade de existir uma literacia cultural que eduque a sociedade para as artes. Testemunharam a mesa-redonda os embaixadores de Portugal e a da União Europeia em Angola.

O PROCULTURA é um projecto financiado pela União Europeia, cofinanciado e gerido pelo Camões, IP e cofinanciado pela Fundação Calouste Gulbenkian que apoia a área da música, artes cénicas e literatura infanto-juvenil.

  Procultura tem sete milhões para artes


Com o objectivo de criar emprego durável e rendimento sustentável nos sectores da música, artes cénicas e literatura infanto-juvenil, nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor Leste, o Procultura dispõe de 7.800.000  de euros em subvenções, distribuídos por três Lotes.
A dotação orçamental do Lote 1 é de 600.000  de euros, a do Lote 2 é de 6.000.000 de euros e a dotação do Lote 3 tem o valor de 1.200.000 de euros. Os resultados preliminares da primeira fase do concurso foram divulgados no dia 16 de Fevereiro, e para as propostas seleccionadas para a segunda fase, o Procultura vai realizar workshops de apoio, entre os dias 17 e 19 deste mês.

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