O movimento de doação começou no Hospital Municipal de Ecunha, num grupo chefiado pelo segundo secretário provincial do MPLA, Adérito Chimuco, deixando naquela unidade sanitária mais de 100 bolsas de sangue.

O segundo grupo, do Hospital Geral do Huambo, foi encabeçado pelo primeiro-secretário provincial da JMPLA, José Carlos Tombo, que deixou 500 bolsas de sangue.

Em declaração ao Jornal de Angola, o director do Hospital Municipal de Ecunha, Américo Eyuba, mostrou-se satisfeito pela pronta resposta e entrega massiva dos militantes da JMPLA e da OMA nesta acção de solidariedade humana.

Manifestou que a unidade sanitária tem tido diariamente necessidades de doação de sangue e apelou às demais instituições a continuarem a levar a cabo acções do género, porque doar sangue é salvar a vida de quem mais precisa.

Américo Eyuba frisou que o banco de sangue do Hospital Municipal de Ecunha precisa de dadores voluntários de forma constante, para que este líquido aguarde pelos doentes e não o contrário, visto que tal facto pode levar à morte de muitos enfermos, principalmente aqueles em estado crítico.

O também médico lamentou que a falta de dadores permanentes tem obrigado a instituição a recorrer aos parentes dos doentes que necessitam de transfusões de sangue, situação que tem inviabilizado a rápida recuperação dos pacientes, sobretudo os que vêm das zonas mais recônditas, pelo facto de o sangue doado pelos acompanhantes por vezes ser incompatível.

O segundo secretário do Comité Provincial do MPLA no Huambo, Adérito Chimuco, assegurou que a campanha solidária de doação de sangue vai continuar nas demais unidades sanitárias da província.

"Os militantes do partido vão continuar a apostar na responsabilidade social, como um pilar fundamental para o desenvolvimento das comunidades, sabendo que através de pequenos gestos podemos mudar o panorama actual e ajudar quem mais precisa”, sublinhou.

Por sua vez, o responsável do Centro de Hemoterapia do Hospital Geral do Huambo, Félix Quissongue Liquissi, disse que a unidade sanitária realiza, em média, 50 a 70 transfusões por dia, tendo indicado as áreas de Medicina, o Bloco Operatório e a Ortopedia como as secções que mais precisam de sangue.

Explicou que na falta de sangue, os familiares são obrigados a doar o produto, para a continuidade segura dos procedimentos médicos.

A administradora municipal de Ecunha, Guilhermina Bacia, espera que actividades do género continuem a ser desenvolvidas no âmbito da solidariedade aos pacientes que carecem de sangue e apelou às outras instituições que sigam o mesmo exemplo dos militantes do MPLA filiados na JMPLA e na OMA.

O hospital de Ecunha, construído de raiz, com capacidade de 40 camas, foi erguido no âmbito do Programa de Investimentos Públicos, e atende entre 150 e 200 doentes por dia em várias especialidades. O hospital tem 190 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico terapêutica, administrativos e pessoal de apoio hospitalar.