Política

MPLA quer contributo das mulheres na revisão

Adelina Inácio

As mulheres devem mobilizar-se e apresentarem ao Grupo de Mulheres Parlamentares propostas sobre relativamente à revisão pontual da Constituição da República, defendeu, ontem, em Luanda, a vice-presidente do MPLA.

07/03/2021  Última atualização 12H39
Vice-presidente do MPLA discursou, ontem, no acto central alusivo ao Dia da Mulher Angolana © Fotografia por: DR
Luísa Damião, que falava no acto central do Dia da Mulher Angolana, assinalado no dia 2, exortou as  mulheres a continuarem a cimentar a unidade, serem verdadeiras promotoras da cultura de paz, do diálogo, reforço da democracia e cidadania plena, bem como a darem o contributo à consolidação do Estado Democrático de Direito.
"Urge promover espaços de inclusão digital, onde a mulher seja o centro que nos parece indispensável para uma participação cada vez mais exigida nos tempos que correm. Juntas, deveremos continuar a trabalhar para que as mulheres alcancem, cada vez mais, conquistas”, exortou.

O MPLA, disse, tem dado um exemplo na valorização da mulher, sobretudo nas suas estruturas, desde a base ao topo. Adiantou que o VIII Congresso Ordinário do partido será histórico, pois, em termos de sexos, haverá paridade no número de participantes.
Em relação aos direitos e oportunidades das mulheres, Luísa Damião, adiantou que o país tem assinalado progressos positivos. "Aos poucos, a sociedade vai tomando consciência do papel da mulher, que apenas exigem e esperam o respeito e valorização da sociedade, do Estado e suas instituições, assim como das organizações políticas e apolíticas”, sublinhou.

A vice-presidente do MPLA afirmou que a OMA renova a preocupação e solidariedade a todas as mulheres vítimas de todo tipo de violência. "A todas mulheres que sofrem - muitas no silêncio -, pedimos que não se sintam sós; a OMA é a vossa organização, que advoga a protecção dos vossos direitos plasmados na Constituição da República e demais legislação de protecção à mulher”, garantiu.  
Luísa Damião disse ser urgente continuar a prestar atenção especial à educação para a saúde da mulher, promover o empreendedorismo, apostar na formação académica e profissional, no resgate dos valores éticos, cívicos, culturais e morais e na elevação da cultura jurídica.

"É preciso continuar a cultivar a cultura da denúncia dos casos de violência doméstica, que constitui crime público”, defendeu.
As jornadas alusivas ao 2 de Março decorreram sob o lema "Mulher angolana: participação, inclusão e desenvolvimento”. Foram homenageadas as nacionalistas Deolinda Rodrigues, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Teresa Afonso e Lucrécia Paím, além de zungueiras, trabalhadoras domésticas, camponesas, médicas, enfermeiras, jornalistas e mulheres das forças de segurança, entre outras.
Nas homenagens, foram incluídas as missionárias que contribuem para o evangelho, as mulheres estudantes e as jovens raparigas que desempenham actividades de forma abnegada, em várias frentes para o sustento das famílias e desenvolvimento do país.

  Militantes exortados a uma atitude mais proactiva


A vice-presidente do MPLA pediu, ontem, em Luanda, aos militantes do partido uma atitude mais proactiva, para responderem às exigências dos "novos desafios”.
Ao discursar no encerramento da VI reunião Metodológica Nacional sobre a Organização do Trabalho do Partido, afirmou que os desafios políticos e eleitorais exigem mais de todos os militantes, aumentando a responsabilidade, disponibilidade, empenho e a determinação.

A dirigente partidária disse acreditar que a troca de experiências entre os militantes vai ajudar o MPLA a adoptar métodos e estilos de trabalho mais eficazes para encarar o futuro com mais optimismo. A também deputada disse que o encontro, com duração de dois dias, permitiu aos militantes partilharem ideias, solidificarem conhecimentos e reforçar competências que contribuirão para o aprimoramento do trabalho político do partido a vários níveis. A reunião, acrescentou, permitiu, igualmente , o debate sobre questões importantes que vão ajudar a reforçar o trabalho político do partido.

Luísa Damião quer que sejam, cada vez mais, dinamizadas as estruturas de base e organizada a estatística para facilitar a criação de uma base de dados. A dirigente partidária pediu maior difusão da mensagem do MPLA nas redes sociais, aprimoramento da formação político-ideológica e a inovação dos métodos nas técnicas de mobilização e de comunicação.
"Estamos perante um cenário complexo e desafiante”, afirmou Luísa Damião, para quem os 64 anos do MPLA "mostra-nos que, quando temos situações complexas, surge a nossa capacidade de luta e não deixamos os créditos em mãos alheias”.

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