No acto, a primeira-secretária provincial do partido no Bengo, Maria Antónia Nelumba, afirmou que, para o êxito do trabalho político previsto para este ano, será necessário a assunção de maior protagonismo social da parte dos militantes, com recurso aos novos métodos de actuação nas comunidades e no seio das massas, aprofundando a capacidade de abordagem.

A também governadora da província destacou os dez eixos estratégicos da agenda do partido, que colocam o MPLA perante os grandes desafios, entre os quais trabalhar mais e comunicar melhor, melhorar a organização do partido e a forma da sua inserção na sociedade, aproximação da governação às populações, promover e assegurar uma governação de qualidade, com ênfase no controlo da execução da despesa pública, em prol do desenvolvimento e benefício das populações.

Entre outros objectivos da Agenda do MPLA para este ano destacou, também, a promoção de políticas que estimulem o sentimento angolano junto das comunidades no estrangeiro.

Para isto, a primeira- secretária do partido dos "camaradas” na província pediu aos militantes aumento de eficiência da acção política, pautando sempre por maior criatividade e inovação nas formas de mobilização das massas.

Maria Nelumba chamou atenção, ainda, aos militantes para tudo fazerem a fim de ajudar a erguer um país cada vez mais desenvolvido, democrático e inclusivo, que responda aos anseios e aspirações dos angolanos.

Fez saber que a Agenda Política do MPLA para 2023 traz o desafio da adopção de novos modos de organização e funcionamento das estruturas do partido. "Temos, hoje, uma sociedade mais aberta, mais plural, mais exigente e ávida por maior inclusão e maior liberdade de expressão, onde os jovens constituem a força motriz das grandes mudanças e estado de opinião”, disse no acto realizado quarta-feira. Aos militantes, simpatizantes e amigos do MPLA, exortou, ainda, a procederem uma análise profunda sobre o desempenho do partido no recente pleito eleitoral, tendo sempre presente o movimento, dinamismo e o bom trabalho realizado pelo partido. Esta reflexão, disse, deve ter os olhos postos nos desafios do presente e do futuro.

Lembrou aos militantes que a Agenda do partido para este ano constitui um instrumento de  apoio ao Executivo, no sentido de fortalecer as suas acções, em prol do desenvolvimento do país. Para a concretização dos eixos estratégicos, o MPLA deverá desencadear iniciativas estruturantes, entre as quais a criação de condições internas, que coloquem os interesses maiores acima dos particulares, de modo a que o partido continue a apoiar intensamente o Executivo na concretização dos desígnios apontados pelo Presidente João Lourenço.

"Agenda política do partido precisa da coragem e determinação dos militantes para se encarar os grandes desafios que o MPLA tem pela frente”, concluiu a primeira-secretária dos camaradas no Bengo. 

  José Tingão Pedro é o segundo secretário provincial

Sob a presidência da primeira secretária do MPLA no Bengo, Maria Antónia Nelumba, realizou-se, em Caxito, no Bengo, a I sessão extraordinária do Comité Provincial do partido, que elegeu o militante José Francisco Tingão Pedro para o cargo de  segundo secretário provincial, em substituição de João Mpilamosi Domingos, membro do Comité Central e deputado à Assembleia Nacional.

Com 46 anos de idade, José Francisco Tingão Pedro é natural de Caxito, militante do partido há 25 anos e bacharel em ciências da Educação. É, igualmente,  estudante do primeiro ano do curso de Direito pela Universidade Católica de Angola (UCAN). Os trabalhos da eleição do segundo secretário do MPLA no Bengo, na terça-feira, foram acompanhados pelo membro do Secretariado do Bureau Político do Comité Central e coordenadora do grupo de acompanhamento do MPLA à província do Bengo, Carla Leitão Ribeiro de Sousa, que na sua intervenção destacou a importância da democracia interna para o fortalecimento das estruturas de base do partido.

Carla Leitão apelou ao recém-eleito, humildade, disciplina, entrega e perseverança na sua actuação ao longo do seu mandato.

"A província do Bengo tem a responsabilidade de repescar os nossos militantes perdidos e hoje recai sobre os seus ombros o elo de ligação entre as estruturas do partido e as massas”, recomendou.