Política

MPLA aposta numa comunicação assertiva

O membro da Comissão Executiva do Comité Provincial e deputada à Assembleia Nacional, Deolinda Tchocondoca Valiangula, apelou aos dirigentes e quadros do MPLA em Benguela para pautarem pela comunicação assertiva dentro e fora da organização política.

27/03/2023  Última atualização 12H09
Membros do Comité Provincial do partido dos “camaradas” no seminário de quadros © Fotografia por: Sampaio Júnior | Edições Novembro | Lobito

 

 

 Falando num seminário de formação de dirigentes e quadros, organizado pelo Departamento de Mobilização do Comité Provincial do MPLA em Benguela, no último sábado, a parlamentar apontou que a comunicação assertiva é o método de transmitir informações, colocando em prática a habilidade de um político profissional.

Valiangula reafirmou que o político tem de se comunicar e relacionar-se com o público militante ou não, de forma que consiga conquistar a atenção de todos, mobilizando-os para as fileiras do partido.

"Quando falamos em comunicação assertiva devemos incidir sobre os factos que são transmitidos com segurança. Porém, ao pôr em prática esse conceito, deve-se evitar no máximo criar confusão no entendimento do receptor”, reafirmou.

Deolinda Valiangula fez saber que o dirigente tem de ser um comunicador habilidoso, objectivo, firme e claro no que diz, sabendo seleccionar as palavras para cada situação, preocupando-se, também, com o feedback, seja positivo ou não.

Elencou ainda a transparência, inteligência emocional, empatia, capacidade de gerenciar conflitos e actualização como características de um dirigente. Acrescentou que é, igualmente, característica do responsável o olhar atento, motivação, capacidade de inspirar, de trabalhar em equipa, respeito, justiça, curiosidade, criatividade e flexibilidade.

O membro do Comité Central do MPLA Zacarias Davoca apelou aos dirigentes para aproveitarem as bibliotecas vivas do partido em Benguela, como forma de perpetuar a história dos "camaradas”.

Considerou que a comunicação assertiva é a capacidade de expressar pensamentos, sentimentos e opiniões de maneira directa e facilmente compreensível, sem ser agressivo ou desrespeitoso. Reiterou que o bom comunicador é alguém que de forma assertiva consegue passar as ideias, não só por meio das palavras, mas também com gestos, com firmeza e respeito, sem que, para isso, seja preciso causar conflitos, desentendimentos ou mesmo ser agressivo na forma de se comunicar.

"Assim, será possível criar um canal de comunicação eficiente entre quem transmite a mensagem e quem a está a receber. Quando a informação não é transmitida com clareza, os alinhamentos, processos e demandas, geralmente, não são realizados de forma correcta”, disse Zacarias Davoca.

O militante Zeferino Eugénio ressaltou a necessidade de estudos permanentes dos Estatutos do MPLA, por ser o instrumento que rege a organização e ter em atenção outras orientações para o andamento da vida interna do partido a todos os níveis.

  Importância da agenda política junto da sociedade

O primeiro secretário provincial do MPLA da Huíla, Nuno Mahapi Dala, defendeu, no Lubango, que o partido só terá maior inserção na sociedade se a Agenda Política de 2023 for tida em conta a todos os níveis.

O político falava no acto de apresentação da Agenda Política 2023 do partido no poder, na última quinta-feira, e realçou que para a concretização deste objectivo são chamadas as estruturas do MPLA, as organizações sociais, militantes, amigos e simpatizantes a trabalharem para tal, com entrega e abnegação.

Destacou ser um documento para o presente ano, resultante de um vasto processo de reflexão interna e de uma avaliação profunda da realidade do país a vários níveis e é um instrumento de apoio ao Executivo.

Nuno Mahapi afirmou que grandes desafios políticos os esperam este ano e em função do que a Agenda Política do MPLA circunscreve para este período define as principais linhas de intervenção do partido, assentes em dez eixos estratégicos.

O propósito do MPLA este ano, explicou, é de trabalhar mais e comunicar melhor, no sentido de melhorar a organização do partido e a inserção na sociedade, aproximando mais a governação ao cidadão com o aperfeiçoamento dos métodos de trabalho e de mobilização e ocupação dos jovens e mulheres.

O outro foco passa por aprofundar a democracia interna do partido e nas organizações sociais acentuadas no cumprimento dos Estatutos e Regulamentos, acompanhando todas as decisões tomadas regularmente pelos órgãos e organismos competentes, para o resgate do sentido do amor ao MPLA.

Nuno Mahapi afirmou que, nesta Agenda, se pretende estimular e acompanhar a implementação das acções de carácter económico e social de pequeno vulto, mas que impactam directamente na melhoria de vida da população, com o estabelecimento e promoção de políticas estimuladoras do sentimento de angolanidade, junto das comunidades angolanas no estrangeiro.

Nesta perspectiva, referiu que o MPLA tem vindo a dar passos e seguros no aprofundamento das suas matrizes políticas e ideológicas, sendo desafiado todos os dias a preservar em termos de comprometimento, democracia e com os grandes desígnios nacionais.

 


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