O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje ao investimento em economias sustentáveis para os oceanos, alegando que isso ajudará a produzir seis vezes mais alimentos e 40 vezes mais energias renováveis do que se consegue actualmente.
A Rússia só considera uma troca de prisioneiros com a Ucrânia depois de os soldados ucranianos terem sido julgados, afirmou hoje o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Andrei Rudenko.
"Consideraremos tudo isto depois de aqueles que se renderam serem julgados, depois de um veredicto ser alcançado. Só depois podem ser dados outros passos. Antes disso, falar em trocas é prematuro", disse, citado pela agência oficial russa TASS.
Andrei Rudenko referia-se aos últimos soldados ucranianos da cidade estratégica de Mariupol, que estiveram entrincheirados durante quase dois meses na enorme fábrica de aço de Azovstal, e que se renderam na semana passada.
De acordo com o Ministério de Defesa russo, foram capturados cerca de quatro mil soldados na área.
As autoridades ucranianas querem organizar uma troca de prisioneiros de guerra, mas o lado russo tem indicado repetidamente que considera pelo menos alguns dos homens ucranianos do regimento Azov combatentes neonazis, culpados de crimes de guerra, e não simples soldados.
No sábado passado, o deputado russo e negociador Leonid Slutsky disse que Moscovo ia "estudar" a possibilidade de trocar combatentes de Azov pelo reputado político ucraniano e influente empresário Viktor Medvedchuk, próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, e que foi detido em meados de abril na Ucrânia.
Rudenko foi ainda questionado sobre a possível troca do soldado russo Vadim Shishimarin, que foi esta semana condenado pela justiça ucraniana a prisão perpétua por matar um civil desarmado numa bicicleta em fevereiro, na região nordeste da Ucrânia de Sumy.
O líder separatista pró-russo Denis Pushilin afirmou na passada terça-feira que o gabinete do procurador-geral da autoproclamada República de Donetsk está a trabalhar para compor um tribunal para julgar os prisioneiros ucranianos.
"É necessário que haja a participação de um máximo de representantes de diferentes países", afirmou, avançando ainda que "uma série de países" já tinha dado o seu "acordo preliminar para participar neste tribunal internacional", sem dar mais pormenores.
O vice-ministro russo Andrei Rudenko disse hoje que não tinha informações sobre o assunto.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra na Ucrânia, que completou na terça-feira três meses, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas - cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,1 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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