Vladimir Putin abordou sobre o assunto, em Minsk, ao lado o homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, no quadro de uma visita de Estado de 48 horas ao país, ressaltando que as conversações devem ser mantidas com aqueles que decidem pela Ucrânia. "Sabemos que não são as autoridades ucranianas que tomam as decisões nem que comandam a guerra”.

O líder russo, neste caso particular, questionou, ainda, a legitimidade de Vladimir Zelensky como Presidente ucraniano, cujo mandato  terminou na última sexta-feira. No entanto, as eleições presidenciais, na Ucrânia, de 2024, foram canceladas, com a alegação de lei marcial e mobilização geral, com Zelensk a afirmar que a eleição era "inoportuna”.

"É claro que estamos cientes de que a legitimidade do actual líder do país acabou”, disse Putin, acrescentando que um dos objectivos da conferência de paz na Suíça para os países ocidentais é confirmar a legitimidade de Zelensky.

"Moscovo, ao retomar o diálogo com Kiev, precisa compreender a legitimidade dos representantes estatais que podem e devem ser tratados como autoridades na assinatura de documentos legais”, afirmou o Presidente russo. "No que diz respeito ao processo de negociações, falei muitas vezes sobre esse assunto, e, aqui de Minsk, gostaria de confirmar, mais uma vez, que a Rússia nunca rejeitou essas negociações”, realçou Putin.

Em relação aos exercícios com armas nucleares tácticas, o líder russo disse que foram conduzidos, na semana finda, com "o objectivo de garantir que a dissuasão nuclear do Estado da União permanecesse adequada e não deveria ser interpretado como uma escalada”.

"Tudo isso acontece rotineiramente. Não estamos a escalar nada. Como foi dito antes, tudo precisa ser bem praticado. É o tipo de coisa em que tudo deve funcionar sem problemas”, explicou Putin durante a visita a Minsk.