O “internacional” Sam Mangwana conseguiu, durante dois dias, “prender”, com o ritmo que o tornou numa referência, quem a assistiu ao “Show do Mês”, na Casa das Artes, no Talatona, em Luanda, onde os principais destaques foram o Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, e o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Filipe Zau.
O escritor José Carlos de Almeida é o homenageado desta edição do projecto “Noites de Poesia”, que é realizada esta quarta-feira, às 18h00, no auditório Wyza Anfiteatro, da Fundação Arte e Cultura, em Luanda, pelo contributo à literatura e cultura angolana.
Governo de Benguela criou um programa específico para a recuperação de bens culturais, reconhecidos como património histórico e cultural nacional, destruídos por fenómenos naturais, calamidades e pelo conflito armado
Os diversos monumentos e
locais históricos, existentes em Benguela, continuam a degradar-se aos olhos de
toda a sociedade, sem deixar vestígios para o conhecimento da futura geração.
Com inúmeros monumentos,
alguns dos quais com longos séculos, Benguela vê hoje a deterioração destes
locais se tornar uma realidade.
Divididos por
características diferentes, constam entre estes espaços, o edifício da
administração Municipal de Benguela e do Tribunal de Benguela, o Forte da
Catumbela, a Igreja da Nossa Senhora do Pópulo, o Museu Nacional de Arqueologia
e o Regional de Etnografia, no Lobito.
Este conjunto histórico inclui, ainda, o Largo da Peça, as instalações da antiga Companhia do Açúcar de Angola, que actualmente alberga, o Núcleo de Jovens Pintores de Benguela, e o edifício da ex-companhia do Cabo Submarino, que antes respondia pelas questões da cultura da província, mas foi destruído por um incêndio.
No âmbito da preservação,
conservação e inventariação dos monumentos e sítios históricos de Benguela, a
direcção da Cultura, desenvolveu, em 2014, estudos para saber a natureza destes
edifícios e outros locais importantes, num total de 12 monumentos e 7 complexos
arqueológicos classificados, assim como 133 monumentos, 9 sítios e 2 complexos
arqueológicos inventariados.
Apesar de espalhados por
toda a província, os municípios do Lobito, Catumbela, Benguela e Baía Farta,
aglomeram, em conjunto, 85 por cento destes espaços, existentes desde a época colonial.
Os outros, existentes nos
demais municípios da província, foram destruídos por fenómenos naturais,
calamidades e o conflito armado.
Devido a este quadro, o
Governo Provincial de Benguela criou um programa específico, que inclui
trabalhos de recuperação destes locais.
Atendendo a urgência, o governo
local pretende acelerar a materialização das referidas acções, tendo já alguns
locais específicos, dentre os quais o Cine Nimas 500, o Centro Recreativo e
Cultural do Cubal, o Cine Benguela e o Museu Nacional de Arqueologia. O espaço,
onde estava instalado o cabo submarino, destruído por um incêndio, é outro dos
locais a serem reabilitados, com a construção de uma sede de estilo moderno.
O historiador e pesquisador
Joaquim Grilo disse, ontem, ao Jornal de Angola, que lamenta o facto de até à
data os monumentos e sítios de Benguela continuarem abandonados à sua sorte,
sem o mínimo de atenção. "Tal comportamento também descaracteriza a originalidade
histórica da província, conhecida a
nível internacional por alguns destes locais históricos”.
Para o especialista, é
urgente a recuperação destes locais, em especial a Igreja do Pópulo, cujo
primeiro restauro foi feito em 1952, pelo arquitecto português Fernando
Batalha, que projectou a cidade do Lubango e construiu o Cinema Teatro
Monumental.
Na Catumbela existem algumas
ruínas e também uma fortaleza, construída em 1846, por Francisco Craveiro
Lopes. No Dombe Grande existiu um outro, feito de pedra bruta, que acabou por
desaparecer com o tempo. Muitos desses monumentos, explicou Joaquim Grilo, ainda não foram
catalogados pelo governo local, mas em função do valor histórico merecem ser
inventariados e recuperados.
"O Cemitério da Camunda, que
data desde 1835, é outro monumento de respeito que deveria ser melhor
valorizado”, sustentou o historiador.
Realidade actual dos monumentos
Entre os monumentos locais
de maior referência, o destaque vai para o Museu Nacional de Arqueologia, que
recebe, mensalmente, 500 visitantes, maioritariamente estudantes de diversas
instituições de ensino, nacionais e estrangeiros.
As pesquisas arqueológicas
existentes na instituição datam de 1800. Actualmente, a instituição conta com
15 mil peças no acervo histórico.
O especialista em recursos
turísticos e ambientais, Manuel Bandeira, considera que os monumentos e sítios
da província, em função da sua história e pelo valor cultural, podem contribuir
no crescimento da economia local, mas, para isso, precisam ser recuperados.
"O país está em condições de mostrar ao mundo estes valores e atrair mais turistas, captar receitas e também criar novas oportunidades de emprego para os jovens, por meio destes monumentos”, disse.
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