Sociedade

Modernização dos serviços do INAMET vai ajudar a prever calamidades naturais

A modernização dos serviços do INAMET está orçada em 60 milhões de euros, uma aposta que conta com tecnologia e equipamentos de última geração. O director da instituição afirma que os meios são de grande utilidade para o desempenho de sectores como o da Agricultura, Águas e Saúde. João Afonso referiu que o processo de modernização em curso vai permitir alertar, ainda, de forma antecipada, para as ocorrências da seca e chuva extrema, fundamentalmente na região Sul do país. A seguir, a entrevista

23/03/2023  Última atualização 09H15
© Fotografia por: Alberto Pedro/Edições Novembro

Há quanto tempo existe o Instituto Nacional de Metereologia e Geofísica de Angola?

A instituição existe desde a era colonial. Naquela época tinha a denominação de Serviço Meteorológico de Angola. A partir de 1981 passou a se denominar Instituto Nacional de Hidrometeorologia e Geofísica de Angola, e desde 2004  como Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola (INAMET).

Dos serviços prestados à sociedade, quais são os sectores mais privilegiados?

O INAMET presta serviços no domínio da Meteorologia e Geofísica à população, através de monitoramento e previsão de tempo de forma regulares e de emissão de alertas de tempestades e outros fenómenos atmosféricos. O INAMET realiza também serviços de apoio à economia nacional, em sectores como a Agricultura, Recursos hídricos, Pescas, Indústria e Energia.

 Além desses serviços, têm atenção a outras áreas?

O serviço regular do INAMET é monitorar e prever o tempo, fornecendo informações aos aeroportos para a segurança dos voos, tanto na aterrizagem como na decolagem e durante a rota. Infelizmente, esta é a percepção que a população tem, de que o INAMET se limita simplesmente a esse serviço. Mas como acabamos de mencionar na questão anterior, os serviços do INAMET são bastante amplos, e inclusive fornecem subsídios para os domínios da Saúde e Construção Civil.

No domínio da Saúde quais são os projectos concretos?

Temos trabalhado, no âmbito do projecto de modernização do INAMET, em parceria com a Meteo France Internacional e o Centro Climático Nacional (NCC, sigla em Inglês), em diversos serviços de modelagem. O modelo para a Saúde está em fase de implementação e vai beneficiar os cidadãos na prévia informação sobre possíveis focos de malárias em diversas localidades do país, que vai possibilitar uma intervenção a tempo certo, bem como o planeamento de mobilização eficiente dos recursos humanos e de equipamentos na campanha de sensibilização e prevenção junto às comunidades. Um dos possíveis benefícios desta acção, é a redução da taxa de mortalidade causada por esta enfermidade. Além da malária, através de pesquisas e estudos, que o INAMET vai desenvolver, é possível prevenir a população de outras enfermidades, por exemplo, as gripes, doença associada às mudanças de tempo e clima.

Quais contributos têm dado para a Agricultura?

Em relação a Agricultura, temos disponíveis no NCC as previsões sazonais de chuva (para os próximos três meses), que norteiam os agricultores de pequena escala (agricultura familiar) e de grande (industrial), de forma a perceberem a época adequada de início das semeadas e colheitas, assim como compreender também através das previsões climáticas de longo prazo, se no próximo ano agrícola as chuvas estarão abaixo ou acima da média climatológica. Desta forma, estes agricultores podem planificar melhor a actividade que desenvolvem. Com o NCC também vai ser possível prever pragas de insectos nocivos aos cultivos.

Qual é amplitude deste sistema de previsão?

Conseguimos ter previsões de chuva com o alcance de 15 dias de antecedência, dados que são úteis para a agricultura e a planificação das semeadas. Além dessas temos escalas de tempo de previsão de curto prazo (de 1 à 3 dias), onde o INAMET pode prever fenómenos como nevoeiros, usados para a obtenção de água para irrigação as regiões com escassez hídrica. O sistema permite também fazer uma previsão de chuva forte, com ou sem granizo, permitindo a indústria agrícola evitar danos maiores, com antecedência, por meio do nitrato de prata, usado para a dissipação da tempestade e minimizar as perdas.  

Que outros projectos têm de apoio à Agricultura?

Ainda para o auxílio à agricultura, o INAMET dispõe de uma plataforma agroclimática, desenvolvida no âmbito do Projecto FRESAN. Neste momento a plataforma está nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene, e, pela eficiência, há pretensões de ser estendida para todo o território nacional. A plataforma dará mais detalhes sobre que tipo de plantações são adequadas para determinado tipo de clima e zona de Angola.

O INAMET também apoia o sector das Águas?

Temos apoiado muitos sectores, em especial o das Águas, através do Instituto Nacional de Recursos Hídricos (INRH), um parceiro e principal consumidor das informações do instituto relacionadas às previsões de modelos hidrometeorológicos, sobretudo, nas principais bacias hidrográficas de Angola, onde localizam-se as barragens hidroelétricas.

Como são os serviços dirigidos para este sector?

Os produtos gerados pelos nossos modelos são de alertas hidrológicos em todas as bacias hidrográficas e rios do território nacional e auxiliam na gestão das barragens, ao dar informações se podem ou não abrir as comportas, tendo em conta o volume de água num determinado sector do rio. Por exemplo, há alguns anos atrás, os caudais dos rios estavam baixos e, vivenciamos problemas de energia. Com esse tipo de serviços é possível mitigar o impacto deste fenómeno, já que os dados vão estar disponíveis com antecedência.

As empresas ligadas ao sector de Energia têm melhor gestão em termos de recursos?

As empresas de Energia terão melhor gestão dos recursos, porque vão saber planear em função das informações hidrometeorológicas, cedidas com muita antecedência.  Portanto, os serviços do INAMET são amplos e não se limitam somente à previsão, que é o obrigatório.

Como é feita a avaliação das mudanças climáticas?

Através de alertas climáticos. Por exemplo, historicamente, o Sul do país vivencia, frequentemente, períodos de seca e enchentes. Por ser uma região de extremos, temos projecções climáticas que nos mostram antecipadamente, como vão ser as próximas estações chuvosas nas províncias do Sul e em todo o país. O serviço nos permite ainda saber se haverá chuvas abaixo ou acima da média ou se teremos previsões para possíveis secas. Essas informações são de grande importância para a tomada de decisões.

As previsões climáticas são feitas com que periodicidade?

As projecções climáticas podem ser feitas com um alcance de muitos anos. Não é por acaso que o tema proposto pela Organização Mundial de Meteorologia, para o dia da Mundial Meteorologia, a ser assinalado hoje, seja o "futuro do tempo, do clima e da água ao longo das gerações”. As projecções em relação a temperatura e a questão da água podem ser feitas para daqui a muitos anos, por isso é que, em várias regiões, um pouco por todo o mundo faz-se progressivamente alertas sobre a necessidade de se cuidar mais da natureza, para que não tenhamos falta de água a nível mundial no futuro.

Existe algum entrosamento entre o instituto e a região da SADC nas questões climáticas?

Sim. Há uma relação de trabalho com a SADC, inclusive há uma representação do INAMET que trata especificamente dessas projecções em Angola. Além disso, a instituição está a trabalhar na modernização dos seus serviços visando a obtenção de dados detalhados para os municípios e províncias do país sobre vários aspectos climatéricos.

Essas informações já estão disponíveis?   

Estamos a trabalhar para isso. Em 2022 um especialista do INAMET deslocou-se à Inglaterra, numa formação em projecções climáticas, com duração de 45 dias. Não se tem boa previsão climática e de tempo do dia para a noite. É necessário assegurar as condições técnicas e humanas, que de facto, o Governo tem proporcionado para que possamos actuar no máximo da nossa força. De facto, é um árduo atrelado a muitas horas de pesquisas científicas, feitas, principalmente, utilizando os dados observados das diferentes estações meteorológicas instaladas no país, para adequar os diferentes modelos numéricos de Tempo e Clima, e desta forma, conseguir-se a situação mais próxima da realidade.

Como está o INAMET em termos de modernização dos serviços?

A modernização dos serviços do INAMET está orçada em 60 milhões de euros e, em termos de tecnologia e equipamentos são os de última geração: estamos a actuar ao mais alto nível, isso se comparado com países como o Brasil. Estivemos recentemente na Argentina em visita técnica, onde notamos que, em termos tecnológicos, Angola está mais avançada. Nos últimos anos instalamos estações meteorológicas automáticas de diversas finalidades, com destaque para três estações de radio sondagem, denominadas "Robotsonda”, que são totalmente automatizadas, sendo o último, inaugurado em 2023, no Luena, província do Moxico, e os outros dois instalados em Luanda e na Huíla.

Para que servem a maioria dessas estações?

Elas fazem à medição dos parâmetros meteorológicos em altitude, ou seja, é um balão que carrega um sensor que mede a temperatura, pressão, humidade e vento em diferentes camadas da atmosfera, que são transmitidos em tempo real ao Sistema Global de Telecomunicações (GTS, sigla em Inglês) e alimentam os modelos globais localizados nos Estados Unidos da América, provendo melhoria na previsão do tempo no país. Temos ainda instaladas outras estações em superfície espalhadas pelo país: 32 sinóticas, 10 agrometeorológicas, 8 aeronáuticas, 5 de relâmpago, 2 hidrometeorológicas e 5 sísmicas, que transmitem em tempo real, para o servidor do INAMET, as condições do tempo dos locais instalados. Esses dados de superfície são também enviados para o GTS.

Quem são os beneficiados pelas informações?

O potencial de utilizadores das informações é enorme e pode alcançar vários sectores da sociedade. Precisamos de sensibilizar e advogar mais, para que haja maior procura pelas informações que geramos. Neste momento, a aviação, militar e civil, é o sector que mais utiliza os serviços, através das oito estações aeronáuticas instaladas nos aeroportos certificados pela ICAO. Nos demais aeroportos foram instaladas estações sinóticas adaptadas para atender a aeronáutica, porque um avião não pode aterrar nem decolar sem informações meteorológicas.

Todo o país está potencializado com essas estações?

Exactamente. Para além disso, dispomos de um sistema que é o Aerometweb, isso só na parte aeronáutica, usado para emissão de cartas para os pilotos antes da decolagem das aeronaves, de forma a terem informações da rota em que seguem até o destino, usando dados de satélite, estações meteorológicas, modelos numéricos. Esta é uma informação essencial para a segurança do voo.

No domínio da Agrometeorologia como funcionam esses serviços?

A Agrometeorologia já se enquadra numa questão de clima. O INAMET dispõe de estações agrometeorológicas instaladas em algumas fazendas e localidades com potencial agrícola. Através dos vindos destas estações, é possível colher históricos e fazer pesquisas científicas, para avaliar o tipo de cultivo para cada região, uma vez que têm um período próprio para receber água.

Os dados das estações para onde são emitidos?

São emitidos para o Sistema Global de Telecomunicação que alimenta diversos modelos no mundo. Antes, sem termos essas estações implementadas, eram usados dados numéricos de simulação de modelos, sem observação e validação. Ora, com as nossas estações, os dados observados são incorporados nesse modelo global. As previsões que são vistas nos telemóveis (não são do INAMET), são alimentadas pelo modelo global, que se tornam mais fiáveis. O INAMET também utiliza modelos globais para alimentar o nosso modelo regional, que dá informação de previsão específica para os municípios e comunas em cada província do país.

 As previsões do tempo no país, não são feitas pelo INAMET?

Existe a Organização Mundial da Meteorologia na qual Angola é Representante Permanente. Nessa organização, há regulamentos sobre todos os serviços meteorológicos mundiais e regras da partilha de dados das estações no GTS, onde, com a modernização do INAMET, temos contribuído de forma activa. É por isso que já é possível vermos em estações televisivas como a CNN, a previsão de tempo em Luanda. Se aparece os dados de Angola é porque reportamos as informações meteorológicos das nossas estações ao modelo global. Até há dois anos, não era possível porque o INAMET não possuía capacidade tecnológica para o efeito, portanto os dados não eram fiáveis.

 Qual a razão da falta de fiabilidade na altura?

A modernização do INAMET começou em 2019. Antes tínhamos estações convencionais. Para ter uma noção, estação convencional é aquela que tem de ter um observador meteorológico a cada uma hora. Os dados meteorológicos registados  não tinham como ser enviados ao sistema global, excepto para as estações localizadas nos aeroportos. Com as estações automáticas, já não é preciso ter um observador, uma vez que os dados meteorológicos são enviados em tempo real, para o servidor central do INAMET que automaticamente transmite para o sistema global.

Como está a instituição em termos de quadros?

Quando se desenhou o programa de modernização do INAMET se previu também a capacitação e formação de quadros. Formamos quadros a nível técnico, na Inglaterra, França e Portugal. Actualmente tencionamos recrutar quadros recém-formados em várias universidades do país, nas áreas de Meteorologia, Física, Geofísica e Informática, que depois vão ser formados, no domínio das novas tecnologias.

O fenómeno globalização pode ser uma ameaça ao reforço de quadros?

Com a globalização muitas das vezes a interferência humana é reduzida, como é o caso das estações automáticas que não precisam de observador. Mas existem actividades em que é necessário a presença humana, como nos casos dos sistemas de alertas meteorológicos. No passado dia 17 de Maio, por exemplo, emitimos um alerta de chuva intensa para Luanda e Cuanza-Sul. O alerta foi assertivo para uma região específica de Luanda. Choveu na zona do Zango, em Viana, mas no Centro da cidade não. Antes disso tivemos outros alertas. Esse tipo de actividade requer o constante monitoramento do meteorologista, porque os sistemas meteorológicos são dinâmicos.

Qual é a razão para esse fenómeno isolado de chuvas?

Em termos espaciais, temos subdivisão na meteorologia, como os fenómenos de micro, meso e grande escala. Quando acontecem essas situações é porque são fenómenos de microescala, muito influenciados por factores locais, urbanísticos. Por exemplo, as regiões onde se tem muita construção, o aquecimento é maior, porque a resposta da radiação solar para o cimento é diferente de uma região relvada, ou floresta. Tendo mais calor na atmosfera, temos mais possibilidades de ter ocorrência de chuva forte, devido ao aquecimento que é um grande factor para a instabilidade atmosférica. Pode chover pouco no Zango e muito na Mutamba, assim como vice-versa, devido ao aquecimento diferenciado.

Porque a região Sul é muito afectada pela seca?

A região Sul é de extremos. É uma região de seca, mas quando chove é em grande escala. Um exemplo têm sido as enchentes registadas no Cunene. O INAMET está a preparar um estudo mais profundo para entender as causas. Mas até agora os projectos têm sido mais voltados para as consequências. Por exemplo, trabalhou-se muito na perfuração de águas subterrâneas no Sul do país, no canal do Cafu, para mitigar à seca. Mas é importante também perceber as causas para o monitoramento e previsão das secas nesta região. Para isso é necessário estudos científicos. O INAMET está a se potencializar com dados observados das estações meteorológicas instaladas para entender melhor as causas da seca.

 

Com os equipamentos vai ser possível criar contra medidas para se evitar a seca severa?

Amodernização do INAMET, proverá dados que vão possibilitar fazer estudos mais aprofundados. Por exemplo, no Nordeste do Brasil, sabem que o fenómeno "El Nino” (um fenómeno que ocorre no pacífico central e tem a ver com o aquecimento anómalo da temperatura da superfície do oceano) causa deficit de chuva naquela região do Brasil, isto está comprovado por estudos científicos. Em termos de monitoramento e previsão, quando os técnicos brasileiros notam anomálias nas águas do pacífico, já esperam seca em algumas regiões. Eles tiveram que ter dados daquela região e do oceano, para conseguir notar essa correlação entre as anomalias da temperatura do oceano e as chuvas.

 Não é possível usar o mesmo método na região Sul?

É necessário que tenhamos dados dessa região com qualidade, o que vai ser possível com a elaboração de estudos aprofundados para detectar possíveis influências dos fenómenos climáticos.

 Caso se encontre as causas é possível monitorar a região?

Se encontrarmos uma resposta da causa da seca em Angola e seja, por exemplo, uma anomalia da temperatura das águas oceânicas, poderemos desenvolver uma plataforma para o monitoramento e previsão da seca. Desta forma, toda vez que observarmos uma anomalia que vai influenciar a seca no Sul, poderemos nos preparar e tomar medidas de prevenção. É importante atacar também as causas, é trabalho do INAMET encontrar as causas.

  "Serviços diversificados para vários sectores da sociedade pelo bem vida”

 

Em quanto tempo os estudos sobre o controlo do clima em Angola podem ser feitos, em especial da região Sul?

Quando se fala em estudos climáticos, refere-se em uma série de no mínimo 30 anos de dados observados nas estações meteorológicas. Mas temos dados alternativos. Existem dados de estimativas de chuvas por satélite, por exemplo, mas não podemos usar nenhum desses, sem sabermos qual é o melhor para a nossa região. Para termos essa resposta devemos comparar os produtos derivados de satélite com os dados observados na região, através de estudo estatístico.

O que se pode esperar do INAMET para os próximos anos?

Podemos esperar serviços diversificados para vários sectores da sociedade, uma melhor prestação de serviço para salvaguarda do bem vida. Podem esperar um grande suporte à Agricultura para alavancar a economia, dando o nosso suporte para termos uma agricultura organizada e sustentável, assim como podem esperar por serviços melhorados. Por isso, esperamos uma maior confiança da população e para isso, é preciso entender pequenos detalhes sobre o funcionamento dos nossos serviços, como por exemplo, o facto de chover no Zango e não na Mutamba.

Como os cidadãos podem estar em contacto com os serviços do INAMET?

Temos vários meios de divulgação dos serviços e trabalhamos para o surgimento de outros meios. Vamos ter um aplicativo móvel, em breve. Cada cidadão vai poder baixar o aplicativa via telemóvel e ter a previsão actualizada do tempo, com informações sobre o clima e alertas meteorológicos, de forma a estarem melhor prevenidos. Temos ainda uma página na Internet, no facebook, instagram e tik tok.

Recentemente tivemos relatos de um tremor de terra no Cuanza-Sul e de um outro em Cabinda. O nosso país é propenso a terramotos?

O INAMET, no âmbito do projecto de modernização, instalou recentemente uma rede sísmica composta por cinco estações, assim como tem em curso o projecto TSHAPS, que contempla a instalação de mais 2 estações sísmicas. É uma forma de ter mais informações sobre estes tremores. A actividade sísmica no país é comum, mas em magnitude baixa. O que ocorreu em Cabinda, o INAMET confirmou, através dos dados e da ciência, que não se tratou de um sismo, pois um capaz de causar danos como observado em Cabinda deveria ter uma magnitude de pelo menos 6.0, na escala de Richter. E qualquer actividade sísmica com magnitude superior a 5.0 é detectável pela rede sísmica mundial. Como nenhuma estação da rede global registou o sismo naquele dia, incluindo a estação localizada no Bengo, o INAMET acredita ser, provavelmente, um outro fenómeno geológico (não sísmico), eventualmente associado a subsidência junto ao litoral. Porém, é importante a realização de um estudo local mais aprofundado e especializado por parte dos geólogos.


André da Costa e Carla Bumba

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