O embaixador da União Europeia (UE) no Brasil, Ignacio Ybáñez, apelou hoje para que todos os participantes respeitassem os resultados das eleições de Outubro do país, bem como as instituições responsáveis pela organização das eleições.
A União Europeia (UE) pretende aplicar 65 milhões de euros este ano para projectos de desenvolvimento no norte de Moçambique, afectado por uma insurgência armada, disse hoje em entrevista à Lusa o embaixador da UE em Maputo.
"Só para este ano temos no ‘pipeline’ [em vias de aplicação] 65 milhões de euros para acções de desenvolvimento para o norte, para assuntos ligados ao apoio à resiliência, infra-estruturas, água e outros programas que já estão a ser formulados”, referiu.
Os projectos em concreto "ainda estão a ser preparados”, em "diálogo permanente com o Governo” e a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), gabinete criado pelo executivo, sublinhou António Gaspar.
O norte abrange a província flagelada de Cabo Delgado e as vizinhas de Niassa e Nampula, sendo que os 65 ME representam 45% do total de apoio para este ano, da UE a Moçambique.
Este envelope financeiro de ajuda fresca faz parte de um pacote mais vasto de apoio ao desenvolvimento a Moçambique para o período 2021-2027.
Estão previstos 428 milhões de euros para os primeiros quatro anos e há três pilares: paz e estabilidade, apoio à emancipação dos jovens e estratégia ‘crescendo verde’, de apoio à transição energética e preservação do ambiente, referiu António Gaspar à Lusa.
No caso da região sob ameaça terrorista, a ajuda financeira ao desenvolvimento será aplicada com base num estudo intitulado Estratégia de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte (ERDIN) elaborado pela UE, Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Mundial e Nações Unidas com as autoridades moçambicanas.
O levantamento visa relançar "em cinco anos” a "base para o desenvolvimento económico e social” da região, lê-se no documento.
"A sua missão é promover a construção da paz, a reconstrução do contrato social entre o Estado e o cidadão e a recuperação económica, alicerçadas na participação das comunidades, com inclusão de mulheres, jovens e grupos vulneráveis, de forma sustentável e resiliente, com respeito pelos direitos humanos”, acrescenta.
No final de 2021, a ADIN apresentou a ERDIN e referiu que seria remetida para aprovação pelo Conselho de Ministros.
Sem desenvolvimentos desde então, a situação tem suscitado dúvidas, com o Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), ONG moçambicana, a questionar em Abril se o Governo "arquivou a estratégia”.
António Gaspar disse à Lusa que a questão não se coloca: "Isso não vai condicionar o nosso apoio, a UE não está à espera de ver” o documento "aprovado ou não”.
"A ERDIN orienta” o trabalho da UE e parceiros "do ponto de vista técnico” e, ao mesmo tempo, o documento foi colocado "ao serviço do Governo” que é soberano na definição das políticas, referiu António Gaspar.
Além das verbas para apoio ao desenvolvimento, a UE tem outro dossiê financeiro em que está a apoiar o país com 89 milhões de euros em equipamento militar (não bélico) e a suportar as despesas de uma missão de treino militar durante dois anos (2021-2023) para fazer face à insurgência armada.
"Se temos missão de treino” e apoio em equipamento (fardamentos, viaturas, hospitais de campanha, entre outros) "foi porque o Presidente moçambicano pediu” e "se houver mais pedidos”, serão ouvidos, referiu.
A este propósito fez menção a um apoio de cerca de "dois milhões de euros” atribuídos para "actividades civis e militares da SAMIM (missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Cabo Delgado) e estão em estudo outras opções para apoiar a SAMIM e o Ruanda” no terreno.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED.
Desde Julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a SADC permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio temporário.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginA campanha do antigo Chefe Estado brasileiro Lula da Silva confirmou o encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa altura em que a imprensa local garante que Bolsonaro terá cancelado o encontro com o seu homólogo.
A República Democrática do Congo (RDC) anunciou esta sexta-feira (1) ter matado 27 membros do grupo rebelde M23 e soldados ruandeses, em combate no nordeste do país, onde nas últimas semanas aquele movimento ampliou o seu controlo em várias áreas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou esta sexta-feira (1) a Polónia que a reforma do sistema judicial está incompleta pelo que não será desbloqueado o primeiro desembolso do plano de recuperação, superior a 4.000 milhões de euros.
O pagamento do Imposto sobre os Veículos Motorizados (IVM) foi prorrogado até o dia 8 de Julho do corrente, sendo a data limite para o pagamento sem multa, anunciou, sexta-feira, a Administração Geral Tributária (AGT).
Os passageiros de voos com destino ou escala em Portugal deixam de ter de apresentar o certificado digital ou teste negativo à Covid, informou esta sexta-feira a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).
Dois meses depois de ter sido internada, no Hospital Josina Machel, Eva Faria Lourenço, uma adolescente que tinha vários nódulos cruzados nos seios, já foi operada, quarta-feira(30), numa intervenção que durou cerca de cinco horas.
A CASA-CE apresenta, publicamente, o seu manifesto eleitoral e programa de governo apenas no dia 9 de Julho, durante um acto político de massas a ter lugar em Luanda, refere uma nota da coligação enviada ao Jornal de Angola.
O Governo prevê realizar um censo piloto em 2023, um ano antes do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH) a ser realizado em 2024, informou quarta-feira(30), em Luanda, o secretário de Estado para o Planeamento, Milton Reis.