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Moçambique: Polícia mantém acções para assegurar a ordem

A polícia moçambicana mantém as acções para assegurar a ordem e tranquilidade públicas, segundo uma fonte do Ministério do Interior, que comentava os últimos acontecimentos que envolveram agentes da corporação e manifestantes.

22/03/2023  Última atualização 05H00
Oposição afirma que a repressão não vai deter a sociedade de exercer os seus direitos © Fotografia por: DR

Sem avançar detalhes ou se referir às acusações das forças da oposição, a mesma fonte avançou que nenhum Estado se permite passar por situações em que os manifestantes tomam conta das ruas sem autorização das autoridades.

Entretanto, a RENAMO, principal partido da oposição moçambicana, e o MDM, terceiro partido, acusaram a polícia de "agressão brutal”, por reprimir manifestações consideradas, no seu entender, pacíficas, no último sábado, em Maputo e noutras cidades do país.

 Considerando a actuação das autoridades um "duro golpe à democracia”, Momade assinalou que a violência policial atropelou a legislação do país sobre a liberdade de manifestação e de reunião, salientando que estes direitos não necessitam de nenhuma autorização de entidades públicas, revelou, ontem, a Lusa.

Por seu turno, o presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, também repudiou a violência do último sábado. Aquele dirigente partidário alertou que a repressão não vai deter a sociedade de exercer os seus direitos constitucionais, lamentando o facto de a violência policial estar a acontecer num momento em que Moçambique é membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), uma entidade estatal, mas independente do Governo, Luís Bitone, acusou a Polícia de "uso excessivo da força” na forma como lidou com a convocação da marcha de sábado, em Maputo.

Bitone receia que Moçambique possa ser censurado por outros Estados, tornando-se alvo de "consequências” negativas no plano internacional. Luís Bitone assinalou que os acontecimentos de sábado em Maputo mostram um retrocesso na reputação do país, enfatizando que Moçambique tinha "evoluído bastante na observação dos direitos humanos”.

 

União Europeia apoia vítimas do Freddy

A União Europeia (UE) anunciou, ontem, um apoio de 1,8 milhões de dólares a Moçambique para enfrentar os efeitos do ciclone Freddy e surtos de cólera.

"Na sequência de inundações devastadoras, do impacto do ciclone tropical Freddy e do surto de cólera no país, a UE disponibilizou o seu apoio a Moçambique, mobilizando cerca de 1,8 milhões de dólares através dos seus parceiros humanitários”, lê-se num comunicado citado pela Lusa.

O Serviço de Ajuda Humanitária da União Europeia (Echo) canalizou 350 mil dólares às organizações Care, WeWorld/GVC, Save the Children e Programa Alimentar Mundial para financiar abrigo, água e saneamento.

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