Economia

Missão empresarial nigeriana quer construir uma cidade agro-industrial

Manuel Fontoura | Cambambe

Jornalista

A missão de empresários nigerianos e investidores naquele país manifestou, recentemente, a intenção de construir uma cidade agro-industrial em Cambambe, província do Cuanza-Norte.

30/03/2024  Última atualização 07H20
Membros da comitiva de negócios da Nigéria ficaram encantados com o potencial identificado no Cuanza-Norte © Fotografia por: Manuel Fontoura | Edições Novembro
A ideia é investir num complexo capaz de acolher toda a produção das famílias e fazendeiros.

Esta intenção ficou expressa durante a passagem da comitiva pela província.

O empreendimento pode arrancar ainda este ano e concluído em 24 meses, vencido os aspectos burocráticos. A mesma está projectada para gerar dois mil empregos, com apenas 5 por cento de mão-de-obra expatriada. 

Trata-se de um projecto pertença do empresário turco, Muhammet Esat Dizbay, que há mais de 20 anos desenvolve vários negócios na Nigéria.

Naquele país, em companhia de outros industriais, integra o Conselho Empresarial Angola-Nigéria, que vieram a Angola movidos pelas informações de novas oportunidades de investimento. Escolheram, para o efeito, a província do Cuanza Norte.

O investidor deslocou-se para Cambambe, onde quer que seja implementada a iniciativa que, na ocasião, foi apresentada pelo próprio governador provincial, João Diogo Gaspar, durante uma reunião que contou também com a presença de membros do governo da província, da administração municipal e empresários locais.

De acordo com o investidor turco e CEO da empresa Agri Bosst, Muhammet Dizbay, trata-se de um complexo industrial de processamento agro-alimentar que, para além de fábricas e residências para os funcionários, deverá ter lojas, hospital, hotel com 50 quartos, restaurantes, infra-estruturas de lazer e esquadra policial. O projecto está avaliado em 600 milhões de dólares, podendo vir a ser baptizado com o nome de "Cambambe Food City”

Allan Martin, britânico também baseado na Nigéria, e CEO da Profoh Group, empresa que vai gerir a parte agro-florestal do projecto, avançou ser uma iniciativa amiga do ambiente, pois aproveita todo o resíduo produzido para transformá-lo em produtos para suprir algumas  necessidades do empreendimento, como energia, fertilizantes entre outros, dando assim uma especial atenção à protecção das florestas.

Governo receptivo

O governador do Cuanza-Norte, João Diogo Gaspar, disse que a província está cada vez mais empenhada na procura de investidores que possam ajudar o seu desenvolvimento, criar mais empregos e promover o bem-estar social e económico das famílias.

Por essa razão, augura que esta e outras manifestações de investimento comecem a ser implementadas o mais rápido possível.

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