O presidente do MPLA, João Lourenço, destacou, esta sexta-feira, em Luanda, que as infra-estruturas são, em regra, dispendiosas, levam anos a ser construídas, “mas são necessárias para o desenvolvimento económico e social do nosso país”.
Os funcionários públicos e agentes administrativos do regime geral da Função Pública beneficiarão de uma remuneração suplementar de 30 mil kwanzas a partir do dia 1 de Junho próximo, determina um decreto assinado, quinta-feira, pelo Presidente da República, João Lourenço.
“A Agenda diplomática 2022 – Testemunho de um novo paradigma de fazer diplomacia” é o título da obra de carácter histórico que reflecte a dinâmica diplomática do Ministério das Relações Exteriores na afirmação dos interesses de Angola na arena internacional.
O livro, com 112 páginas, apresentado na sexta-feira, com patrocínio do Mirex, da autoria do ministro conselheiro e director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério das Relações Exteriores, António Nascimento, aborda, de modo geral, a agenda de trabalho do ministro das Relações Exteriores, Téte António, de Janeiro a Dezembro de 2022, e a sua actuação em diferentes contextos diplomáticos, desde o bilateral ao multilateral, no país e no estrangeiro, muitas vezes como enviado especial do Presidente da República, João Lourenço.
Prefaciado pelo Representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, Francisco da Cruz, o autor traz uma visão geral dos princípios, objectivos e prioridades da actividade diplomática angolana, no quadro da crescente influência e importância internacional de Angola, estando em permanente consonância com a dinâmica das oportunidades e desafios do mundo actual.
No prefácio, o embaixador Francisco da Cruz sublinha que a sociedade vive hoje num mundo cada vez mais globalizado, onde a evolução rápida e profunda das tecnologias de informação e comunicação alteram a abrangência do paradigma da diplomacia tradicional, que compreende instrumentos através dos quais os Estados estabelecem ou mantêm relações entre si, alargando o conceito e formas de intervenção.
O embaixador permanente na sede da ONU, em Nova Iorque, realça o impacto dos meios de comunicação social naquilo que é o seu dia-a-dia, influenciando as relações políticas e diplomáticas com o sistema de comunicação em redes horizontais interactivas para aumentar e facilitar a difusão da informação.
No cenário global, refere Francisco da Cruz, os líderes políticos e diplomatas têm usado, cada vez mais, as plataformas dos meios de comunicação para partilhar ideias, posições e transmitir mensagens de forma eficaz aos homólogos, criando, assim, oportunidades para relações mais dinâmicas entre os Estados e de cooperação internacional abrangentes e com vantagens recíprocas.
O embaixador acrescenta que o autor pretende demonstrar, através de reportagens fotográficas e do uso das redes sociais, a divulgação de eventos e factos deste departamento ministerial, que incluíram, também, actividades das missões diplomáticas angolanas, bem como a utilização das novas tecnologias de informação como modelo de intervenção e procedimentos de acção diplomática mais consentâneos com a actual dinâmica da implementação da política externa de Angola, particularmente na criação de relações e gestão de crises.
O livro oferece, ainda, uma visão geral dos princípios, objectivos e prioridades da actividade diplomática angolana no âmbito da crescente influência e importância internacional do país, em "consonância com a dinâmica das oportunidades e desafios decorrentes do mundo em que vivemos”.
Diplomacia focada na atracção de investimentos
O primeiro capítulo do livro aborda o "papel da diplomacia angolana”, com foco na captação de investimentos. Neste particular, realça que o ministro das Relações Exteriores, Téte António, defende a necessidade contínua de se dar prioridade às questões económicas, com a acção virada para o investimento estrangeiro, de modo a contribuir na diversificação da economia nacional. Neste capítulo, Téte António apontou, igualmente, a importância de um forte investimento na área do turismo e a exploração de novos mercados para a exportação de produtos nacionais, no quadro do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).
Deixou claro o desejo de que a Zona de Comércio Livre Continental Africana seja transformada num verdadeiro espaço de cooperação económica, capaz de facilitar as trocas comerciais entre os diferentes países e homens de negócios, logrando o desenvolvimento da região.
O livro "A Agenda diplomática 2022- Testemunho de um novo paradigma de fazer diplomacia” retrata, também, o momento em que o chefe da diplomacia angolana manifestou o desejo de Angola continuar a trabalhar com as agências especializadas das Nações Unidas na busca de maior representatividade do continente africano nos principais órgãos internacionais e na resolução dos conflitos que continuam a assolar as regiões Austral, Central e dos Grandes Lagos.
Medidas firmes para desencorajar golpes de Estado
O livro recorda, num dos capítulos, o posicionamento de Angola face aos crescentes casos de mudanças inconstitucionais de regime no continente africano, com recurso à força militar, defendedo a implementação de medidas mais firmes para desencorajar essas práticas e responsabilizar os seus autores.
O posicionamento foi manifestado pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, durante 35ª sessão ordinária da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, durante a qual mencionou a última tentativa de golpe de Estado na Guiné –Bissau, reiterando a solidariedade do Governo angolano às autoridades legítimas daquele país.
A visita a Angola da secretária de Estado adjunta norte-americana, Wendy Sherman, em Maio do ano passado, é igualmente destacada neste livro, que pontualiza a pretensão do Executivo continuar a privilegiar um novo modelo de cooperação com os Estados Unidos assente na promoção do diálogo político sobre as principais questões internacionais e na criação de condições objectivas para o alargamento e aprofundamento das relações bilaterais nos mais variados domínios de interesse comum.
A visita de Wendy Sherman, que se fez acompanhar da secretária de Estado para os Assuntos Africanos, Molly Catherine Phee, teve como objectivo o aprofundamento da parceria estratégica entre Angola e os Estados Unidos, em particular nos domínios da segurança regional, prosperidade económica, governança e direitos humanos. O autor destaca, numa das páginas, a figura do ex–Presidente da República, José Eduardo dos Santos, o primeiro chefe da diplomacia de Angola independente, falecido em Julho do ano passado, em Espanha.
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LoginO Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas assinou um conjunto de decretos a promover, exonerar, nomear, licenciar do serviço militar activo à reforma e a transitar para a situação de inactividade temporária, vários oficiais generais, comissários da Polícia Nacional e almirantes.
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