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Ministro guineense defende ensino de línguas nacionais

O ministro da Função Pública guineense, Cirilo Djaló, defende a introdução do crioulo e línguas nacionais no ensino e considera que o português “não é sentido como um meio de comunicação indispensável” por uma larga maioria da população.

01/04/2023  Última atualização 13H48
Alunos de uma escola primária na capital guineense, Bissau © Fotografia por: DR

Segundo a AFP, o ministro falava em representação da titular da pasta da Educação, na abertura de um seminário de apresentação de um estudo de viabilidade sobre a introdução de línguas nacionais e o crioulo no sistema educativo guineense. O seminário é organizado pelo Governo guineense e a UNESCO.

Na qualidade de antigo ministro da Educação, Cirilo Djaló exortou as entidades envolvidas no sector do ensino a acelerarem os esforços no sentido de criar normas linguísticas para o crioulo e línguas nacionais que, disse, devem ser introduzidas no sistema escolar.

"Nenhum país conseguiu desenvolver-se na base de um sistema educativo em que o ensino é exclusivamente ministrado numa língua que a maioria da população ignora, uma vez que o desenvolvimento durável é possível só quando acompanhado por um sistema educativo em que as comunidades beneficiárias se apropriam deste”, observou Djaló.

O ministro da Função Pública notou que toda a África tem actualmente como um dos principais desafios a problemática do uso das línguas nacionais no sistema do ensino, ao nível da  utilização das mesmas, disse.

Djaló, sublinhou que não existe na Guiné uma política para as línguas nacionais, estatuto apenas reservado a língua oficial.

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