Cultura

Ministro da Cultura enaltece papel da mulher angolana

O ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, enalteceu, nesta quarta-feira, 8, em Moçâmedes, o papel das mulheres angolanas na sociedade, tendo considerado elas como agentes estratégicas da democracia e do desenvolvimento.

10/03/2023  Última atualização 07H20
© Fotografia por: Irineu Cola | Edições Novembro

Filipe Zau testemunhou no Pavilhão Gimnodesportivo Welwitschia Mirabilis, em Moçâmedes, o culto ecuménico a favor das mulheres angolanas, em particular as da província do Namibe, uma  actividade religiosa organizada pelas representações das distintas igrejas filiadas no Conselho das Igrejas Evangélica de Angola (CICA), bem como na Aliança Evangélica de Angola (AEA), e orientada pelas respectivas pastoras.

O governante ressaltou a importância das mulheres no contexto das nações, tendo afirmado que por aquilo que viu, pela sua representação, que "a mulher, é de facto, o sexo forte”. Apesar disso,  realçou não querer necessariamente que homens se imponham às mulheres e muitas vezes através da violência doméstica, mas também, "penso que não é o sentido de haver mulheres que se sobreponham aos homens”.

Para Filipe Zau, o  importante é que a mulher apareça sempre ao lado do homem em pé de igualdade. "É por isso que o dia 8 existe. Portanto, parabéns pela vossa luta de se tornarem iguais a qualquer ser humano”, elogiou, para acrescentar que  hoje em dia, em Angola, "para nós”, a mulher é entendida como agente estratégico da democracia e, daí, o papel que a mulher representa ao lado do homem, em pé de igualdade, "porque no mundo, perante Deus somos todos iguais”.

  O ministro entende que a mulher também é um agente estratégico de desenvolvimento, referindo-se à representação das diferentes mulheres no acto, pelas profissões que elas exercem, que não é só vista no seu papel para procriação, mas também ao lado do homem, a trabalhar, para o desenvolvimento, para o progresso e para o bem-estar de todos, neste "nosso país”. Filipe Zau aproveitou a ocasião para felicitar a todas as mulheres presentes no culto e todas as mulheres angolanas que não estiveram, mas que representam o país nesse mesmo papel.

  Avançou que a mulher também deverá cada vez mais, neste mundo de mudança, assumir o papel do acesso ao conhecimento, porque hoje em dia o conhecimento é "determinante” para o desenvolvimento. "E quando nós educamos uma mulher, temos a certeza que estamos a educar uma família”, disse o ministro, para quem a família angolana está a precisar de valores e de princípios que "nos possam” fazer valorizar o sentido da paz, dos direitos humanos, da justiça social, da democracia representativa, e o princípio da justiça social.

 "E é com isso que nós podemos nos comprometer, darmos as mãos e lutarmos todos nós para este país que queremos cada vez melhor. E só vamos conseguir se estivermos todos juntos de mãos dadas na graça de Deus”, concluiu.

  O governador provincial, Archer Mangueira, disse ser uma grande satisfação estar no meio das mulheres angolanas, do Namibe e da terra da felicidade. Frisou que todos os homens têm o dever de agradecer a elas por estarem vivos, pois "nós somos o que somos, graças às mulheres. Portanto, quando brindamos a vida, brindamos sempre à uma mulher. E hoje, é dia especial porque é dedicado àquelas pessoas que nos dão a vida”.

 Um desfile "coreográfico” nos mais variados níveis profissionais, bem arrumado, representou bem a importância da mulher na sociedade angolana e particularmente na sociedade namibense, sublinhou Archer Mangueira, para quem elas são, de facto, o sexo forte assim como afirmou o ministro Filipe Zau, e, "já não sei bem se devemos estar sempre ao lado de uma mulher, porque elas já estão à frente de nós”.

  O culto solene de acção de graças em alusão ao Dia Internacional da Mulher realizou-se sob o lema "Deus em bom em todos os tempos e em todos os tempos Deus é bom”. Durante a homilia foram realizadas orações de intercessão pelas famílias contra a violência doméstica, pela paz das nações e pelo consolo da família e pelo Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade de Género (GPASFIG) esta última em memória da então directora deste Gabinete, falecida recentemente em Moçâmedes, vítima de acidente de viação, na Estrada Nacional –EN 280, Lubango-Namibe.

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