Cerca de 100 profissionais de cardiocirurgia serão formados no âmbito de um acordo assinado, nesta segunda-feira, em Luanda, entre o Ministério da Saúde e a petrolífera italiana Eni, a fim de beneficiar perto de 250 pacientes ao ano e reforçar serviços de hospital especializado.
Dez dos catorze municípios de Malanje e 20 outras localidades da mesma província que estão sem energia eléctrica vão ser electrificados, no âmbito do programa de expansão da rede eléctrica para o Leste do país, revelou, em Malanje, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
O governante, que falava, quinta-feira, durante um encontro no Governo Provincial, à margem da visita de trabalho à província de Malanje, onde radiografou as actividades do sector, disse que o referido projecto vai ser lançado ainda este ano e vai ser coordenado pelo presidente de Conselho de Administração da PRODEL, Rui Gourgel.
O ministro João Baptista Borges fez saber que o projecto vai ser desenvolvido num período de quatro anos.
Realçou que o mesmo vai proporcionar, além da electricidade, empregos, na fase de instalação e de operação, envolvendo o sector público, a PRODEL e a ENDE, como também o sector privado, que tem de ser incentivado para a inserção de jovens formados e sem emprego.
Lembrou que a província de Malanje conta apenas com três municípios electrificados, como a sede provincial, Cacuso e Calandula.
Neste momento, decorrem os trabalhos de electrificação de Cangandala e quando for concluída a empreitada vai se elevar para quatro o número de municípios ligados à rede pública de energia.
João Baptita Borges garantiu que todos os dez municípios sem electricidade vão estar ligados à rede pública, com a excepção das regiões de Massango, Marimba, Kunda-dia- Base, Luquembo e Quirima, que vão ter ligação eléctrica com base em centrais fotovoltáicas, por se tratarem de sedes municipais distantes da capital provincial.
Os restantes municípios, acentuou, vão ter ligação corrente, no caso, os municípios do Quela, Cahombo, Kiwaba Nzoje, Mucari, incluindo algumas comunas circunvizinhas às sedes municipais. De acordo ainda com informações avançadas pelo titular da pasta da Energia e Águas, este projecto de Malanje prevê um conjunto de 20.380 ligações domiciliares nas 20 localidades, incluindo os 10 municípios, e estima-se um volume de população a atender na ordem de 102 mil pessoas.
"É de facto um projecto que vai revolucionar o estado de electrificação de Malanje, como sabemos é uma província extensa e até agora só temos três municípios com electricidade da rede pública”, disse. Explicou que, a par do programa de expansão de energia para o Leste do país, existe um outro programa de iluminação pública, que vai abranger as cidades de Malanje, Luanda, Ndalatando e Uíge.
"Através da ENDE, o Governo Provincial saberá a quem indicar a responsabilidade, para definir as ruas onde vão ser colocados os candeeiros e todo equipamento de forma a melhorar a iluminação do casco urbano dessas cidades”, referiu João Baptista Borges.
Obras conhecem nova dinâmica
O ministro da Energia e Águas reconheceu que as obras que estão em execução há alguns anos conheceram nova dinâmica nos últimos tempos, mais concretamente os sistemas de abastecimento de água, perspectivando-se, que durante o actual mandato, possam ser inauguradas.
João Baptista Borges destacou o andamento das obras do sistema de abastecimento de água às sedes municipais de Cangandala e Quela, bem como o maior sistema da cidade de Malanje, em construção na localidade de Quissol, que vai gerar 12 mil ligações, que se vão juntar às actuais 15 mil ligações domiciliares, permitindo um fornecimento regular à cidade capital da província.
Acrescentou que, com a entrada em funcionamento destes dois sistemas municipais, com excepção ao de Malanje, a província passa a contar com cerca de 50 por cento da cobertura em termos da construção de novos sistemas.
O governante recordou que,
há quatro anos, Malanje vivia uma situação em que quase todos os municípios
estavam sem abastecimento de água corrente, mas, disse, "fez-se um trabalho razoável
e é de reconhecer os esforços do Executivo, do Governo da província e do sector
da Energia e Águas. Neste momento, vamos colocar em operação os sistemas de
Cangandala e Quela e proximamente vamos ficar com sete sistemas por reabilitar,
designadamente Cacuso, Calandula, Cambundi-Catembo, Kunda-dia-Base, Cahombo,
Luquembo e Quirima”.
Explicou que estes projectos, que estão no Programa de Investimentos Públicos, tiveram o seu processo suspenso porque estavam a ser financiados com recursos ordinários do Tesouro e, para o seu curso normal, vai ser possível mobilizar uma fonte de financiamento, com uma estimativa de 60 milhões de dólares, para a sua conclusão, numa média de 8 milhões por cada sistema. Disse esperar que estes projectos sejam lançados no próximo mandato. Durante a sua visita de trabalho à província de Malanje, o ministro da Energia e Águas avaliou o projecto de electrificação de Cacuso, em particular da comuna do Suqueco, já concluído e que conta com 200 ligações domiciliares. João Baptista Borges inaugurou a subestação eléctrica de Calandula, com capacidade de cinco KVA, que permitiu a instalação de 300 novas ligações. Inspeccionou, ainda, as obras do sistema de captação de água de Cangandala, orçada em mais de seis milhões de dólares, com capacidade de 100 metros cúbicos. Verificou, igualmente, o andamento das obras de electrificação dos municípios de Cangandala e Malanje, que vão permitir cinco mil ligações domiciliares, das quais 500 para Cangandala.
As obras de electrificação de Cangandala permitiram já a implantação de 105 postes, dos 420 previstos. O projecto vai durar nove meses e conhece um grau de execução física de 10 por cento e financeira de 27 por cento.
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