Sociedade

Ministra garante que “há vacinas suficientes”

Edivaldo Cristóvão

Jornalista

Angola dispõe de vacinas suficientes para todos os que receberam a primeira dose, garantiu, ontem, em Luanda, a ministra da Saúde. Sílvia Lutucuta fez este pronunciamento durante o lançamento da segunda fase de vacinação, que contou com as presenças da ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, da embaixadora da Índia, Pratibha Parkar, e da directora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas.

04/05/2021  Última atualização 09H15
© Fotografia por: Edições Novembro
"O intervalo entre os dois períodos de vacinação é de quatro a 12 semanas, mas a intenção é terminar a segunda fase em Maio”, referiu. A ministra assegurou que estão disponíveis um milhão de doses da vacina da AstraZeneca. O Executivo prevê, em Maio, receber mais um lote de 20 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, Pfizer e Sputnik. Depois de ter sido vacinada, a ministra  disse ter cumprido com o dever cívico e patriótico que todos devem seguir. Sílvia Lutucuta explicou que, nesta altura, estão a ser chamados apenas cidadãos que foram vacinados de 2 a 15 de Março, sublinhando que a vacina é gratuita, segura e salva vidas.  
"É importante que as pessoas cumpram com o seu dever patriótico. Precisamos salvar Angola para que a nossa economia possa dar passos altos. Isso só é possível com pessoas saudáveis e, por esta razão, todos devem aderir à vacinação”, apelou a ministra.  Recordou que, para a segunda etapa, estão abrangidos os profissionais de Saúde, efectivos dos órgãos de Defesa e Segurança, professores e pessoas com mais de 65 anos com comorbilidades.  

Todos os cidadãos abrangidos na segunda fase da campanha, disse, receberão mensagens para se dirigirem aos postos de vacinação. Em Luanda, explicou, os cidadãos que fazem parte dos grupos alvos devem dirigir-se aos postos do Complexo Turístico Paz Flor, no Morro Bento, e ao Magistério Mutu-ya-Kevela, no distrito urbano da Ingombota, onde devem apresentar o cartão de vacina e o impresso de cadastro com o código de barra para facilitar o trabalho dos técnicos.  
Efeitos colaterais  

A governante lembrou que depois das pessoas tomarem a vacina, poderão ter efeitos colaterais leves, como algum cansaço, dores nas articulações e febres. Neste casos, aconselhou tomarem "um paracetamol e, rapidamente, os sintomas passam”.  Lembrou que, na primeira dose, os resultados foram animadores, porque pouca gente manifestou sintomas e efeitos adversos graves, pelo que, sublinhou, "devem continuar a ter confiança na vacina”.  A ministra esclareceu que o facto de uma pessoa ter tomado as duas doses de vacina não significa que deve baixar a guarda.  "A vacina resolve dois problemas: reduz os casos graves e a mortalidade. Não queremos que as pessoas contaminadas morram ou vão parar ao hospital em situação terminal. Por isso, ninguém deve baixar a guarda. Ainda estamos numa situação desafiante. Devemos manter a prevenção”, referiu.  
Plano estratégico  
A estratégia do Plano Nacional de Vacinação prevê inocular, na segunda fase, 100 por cento dos vendedores de mercados formais e informais, motoristas de viaturas de serviços públicos e moto-taxistas.  Por esta razão, o Executivo pretende capacitar 100 por cento do pessoal a ser envolvido na supervisão da campanha de vacinação, para garantir o cumprimento das normas e procedimentos de conservação, transporte, aplicação da vacina e descarte seguro do lixo da vacinação contra a Covid-19.  

O Plano Nacional reforçará o sistema de distribuição de vacinas a nível central para os depósitos provinciais e municipais, utilizando, para o efeito, carrinhas refrigeradas, com termómetros com controlo contínuo de temperatura,  empregando caixas isotérmicas de larga duração, termómetros e marcadores de controlo de temperatura.  Nesta segunda etapa, pretende-se vacinar, mediante campanhas massivas,  um universo de  10.4 milhões de habitantes, correspondente a 32 por cento da população.  O custo total desta etapa está estimado em 157,7 milhões de dólares. Os custos operacionais serão cobertos através do Orçamento Geral do Estado, do Banco Mundial e de outros parceiros. 

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