Sociedade

Ministra do Ambiente quer rectivação urgente do parque Nacional da Quiçama

Manuela Gomes

Jornalista

A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, instou, quarta-feira, a gestão do Parque Nacional da Quiçama a colocar as instalações em funcionamento pleno para receber turistas e aumentar as receitas do Estado.

23/03/2023  Última atualização 09H05
© Fotografia por: Edições Novembro

Ana Paula de Carvalho, que falava à imprensa, ontem, durante a visita àquela reserva natural, estabeleceu um prazo de 15 dias para o desenrolar de todo o processo.

"Queremos, o mais rápido possível, tornar o Parque Nacional da Quiçama num lugar que receba regularmente turistas e aumentar as receitas. Para isso, temos que ter as condições para essa atracção turística que se pretende”, disse.

Para a ministra do Ambiente, a flora e fauna devem ser preservadas para poderem desenvolver-se. Para isso é necessário intensificar o combate à caça furtiva e às queimadas.

A ministra pediu, igualmente, maior trabalho de fiscalização no interior do parque, embora tenha reconhecido que muito ainda precisa de ser feito no que toca à existência de meios e efectivos.

Para fazer face à falta de meios de locomoção dos fiscais do parque, a ministra procedeu à entrega de duas viaturas, devidamente equipadas.

Ana Paula de Carvalho considerou o Parque Nacional da Quiçama como prioridade do seu pelouro e prometeu desencadear acções  para que o mesmo conheça dias melhores.

No que toca à caça furtiva, a ministra referiu que se trata de uma grande preocupação, tendo em conta as consequências que o fenómeno representa para o mundo animal, mormente no que se refere à extinção das espécies.

Acrescentou que nalguns casos será necessário reforçar, fazer a reposição de animais.

Gestão do parque

 Para o administrador do parque, a maior preocupação é a preservação das espécies, dado que a maior parte delas está em risco de extinção.  "Quando cá chegamos, encontramos apenas dois machos girafas que, se não forem controlados devidamente, correm o risco de desaparecer. O mesmo se dá com os elefantes e algumas outras espécies, pois há muito que não temos a reposição de animais”, disse António Silva.

Quanto ao combate à caça furtiva, António Silva diz que têm sido "pequenos heróis para fazer face à situação, atendendo aos escassos meios e efectivos disponíveis”.

Segundo ele, os caçadores furtivos são financiados e actuam com recomendações.

Após agradecer a entrega de meios (duas viaturas), que, na sua opinião, vai ajudar muito nos trabalhos desenvolvidos pela sua equipa, António Silva pediu que mais seja feito para ajudar no combate às acções dos invasores. "Precisamos de meios cada vez mais avançados tecnologicamente, como drones, outros meios técnicos e mais efectivos”.

O Parque Nacional da Quiçama tem 108 efectivos para cobrir uma extensão de 9.960 quilómetros quadrados.

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