Política

Militantes da UNITA observam 10 dias de luto

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA criou uma comissão de exéquias, coordenada por Lukamba Paulo Gato e anunciou luto de dez dias, a partir das zero horas de hoje, pela morte do deputado Raul Danda, ocorrida sábado, em Luanda, por doença.

10/05/2021  Última atualização 08H12
© Fotografia por: DR
Em nota, a UNITA informa que durante esse período a bandeira do partido será colocada a meia haste em todas as sedes da organização.
Numa outra nota, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, manifestou "profundo pesar”  pelo falecimento de Raul Danda, que considerou "ilustre companheiro”.

"A sua morte prematura priva a UNITA e Angola de um dos seus mais brilhantes obreiros e servidores”, escreve Adalberto Costa Júnior, expressando "sentidos pêsames à família enlutada, ao Grupo Parlamentar da UNITA e à Assembleia Nacional”.
Raul Danda nasceu em Cabinda onde fez os seus estudos primários e secundários, que prosseguiu na então República do Zaíre(hoje República Democrática do Congo), e mais tarde juntou-se à UNITA no período da resistência popular generalizada, tendo participado como militar, jornalista e músico na luta.

"Como activista cívico foi um defensor acérrimo dos direitos civis e políticos dos cidadãos e da causa cabindense. Além de jornalista, Raul Danda notabilizou-se também como homem  das artes e cultura, tendo sido actor, escritor e tradutor. Exímio falante de múltiplas línguas, das quais lingala e fiote, Raul Danda foi fiel representante da cultura ibinda, tendo-se destacado no uso e interpretação de provérbios”, refere a mensagem.

Acrescenta que Raul Danda formou-se em Gestão de Empresas e Economia e desempenhou várias funções, com destaque  para as de director nacional de Informação da UNITA, locutor da Rádio Vorgan, subeditor da Rádio Nacional de Angola, deputado à Assembleia Nacional, presidente do Grupo Parlamentar da UNITA e vice-presidente da UNITA.
Na Assembleia Nacional era presidente da 10ª Comissão dos Direitos Humanos, Petições, Reclamações e Sugestões dos Cidadãos.  "Como Deputado, Raúl Danda elevou o mais alto possível a figura do deputado, com dedicação e zelo, com brilhantes intervenções, que a todos orgulhou e defendeu”, refere a nota.

Numa nota de condolências, a FNLA lamenta a morte de Raul Danda e considera o deputado "um patriota, político, homem de letras, jornalista, professor e homem destemido e comprometido na luta pela democratização do país e defensor incansável dos mais desfavorecidos”.
"Nesta hora de dor e de luto, a direcção da FNLA lamenta o infausto acontecimento e apresenta à família enlutada, à direcção da UNITA e à Assembleia Nacional os mais sentidos pêsames”, sublinha a nota do Secretariado do Bureau Político da FNLA.

A Comissão da Carteira e Ética (CCE) considera que Raul Danda usou, enquanto político, a sua magistratura de influência para que a afirmação da CCE como auto-regulação do Jornalismo angolano fosse um facto.

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