Opinião

Metro de Superfície

Luanda é a segunda menor província do país em termos de extensão territorial, mas a mais populosa, sobretudo devido ao deslocamento da população do interior para a capital, registado durante o conflito armado no país.

14/09/2023  Última atualização 06H15
A juntar a isso estão as construções periféricas desordenadas, facilitadas pelo elevado crescimento demográfico que rompeu com a estrutura do plano urbanístico de Luanda. Por essa razão, a circulação automóvel continua a ser um dos principais problemas em Luanda, apesar da existência de transportes públicos e de um considerável número de táxis.

Apesar disso, as autoridades não têm cruzado os braços e vão encetando estratégias para garantir melhorias no tráfego e mobilidade. Uma dessas estratégias passa pela entrada em funcionamento de um Metro de Superfície que passasse pelas zonas de maior densidade populacional. O Governo assinou, em Fevereiro de 2020, um memorando de entendimento com a empresa alemã Siemens Mobility, com vista a materialização deste desiderato. O instrumento foi assinado no quadro da visita a Angola da então chanceler alemã, Angela Merkel.

Quando se anunciou a intenção de construção do Metro, o orçamento estava no valor de três mil milhões de dólares, o Estado teria uma participação na ordem dos 30 por cento, cabendo a outra parte aos agentes privados interessados no projecto.

Apesar de não haver ainda uma data para o início da empreitada, o Executivo reafirma a aposta na construção do Metro de Superfície de Luanda. Aliás, este foi um dos assuntos da última reunião do Conselho Nacional das Obras Públicas, que discutiu, na terça-feira, alguns aspectos do projecto, nomeadamente a questão sobre o ramal principal e prioritário.

A existência de um Metro de Superfície de Luanda faria todo o sentido, sobretudo quando deve ser inaugurado, no final deste ano, um novo Aeroporto Internacional, localizado a 42 quilómetros da cidade. Além dos transportes públicos já existentes e que certamente chegarão ao novo Aeroporto, o Metro, pela sua rapidez, facilitaria não apenas a circulação dos habitantes que trabalham ou residem em pontos distantes, mas também dos passageiros que necessitem embarcar ou desembarcar no "Dr. António Agostinho Neto”.

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