O FMI prevê o crescimento nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento em 4 por cento em 2023, 0,3 ponto percentual acima da projecção de Outubro e 0,1 ponto percentual acima da estimativa de 3,9 por cento para 2022. Para 2024, a projecção é de expansão de 4,2 por cento.

A inflação, um obstáculo recente ao crescimento, é considerada alta, embora continue a desacelerar neste ano e no próximo. As economias emergentes e em desenvolvimento devem ter registado aumentos de preços de 9,9 por cento em 2022, desacelerando para 8,1 por cento em 2023 e 5,5 por cento em 2024, ainda acima da média de 4,9 por cento do período de 2017 a 2019.

Liderando a taxa de crescimento em 2023, a estimativa para a Índia segue sendo de mais de 6 por cento neste ano e no próximo, enquanto a revisão para cima da China em 0,8 ponto percentual a coloca no caminho para um crescimento acima de 5 por cento este ano.

Por outro lado, a Rússia registou um aumento de 2,6 pontos percentuais na projecção de crescimento para 2023, o que se traduz uma estimativa de expansão de 0,3 por cento neste ano. É de longe a maior revisão positiva entre as maiores economias.

As revisões para a Rússia se devem principalmente a uma receita de exportação "bastante alta" no ano passado, bem como a um estímulo fiscal forte de Moscovo, parcialmente em gastos militares. No entanto, no médio prazo, ainda há uma forte queda na previsão de produção para a Rússia ligada à invasão da Ucrânia.

As expectativas para 2023 de Brasil e México, as maiores economias da América Latina, foram revisadas para cima em 0,2 e 0,5 ponto percentual, respectivamente. Para a América Latina e Caribe, o aumento geral na estimativa de crescimento foi de apenas 0,1 ponto percentual, para 1,8 por cento.

Apesar da expectativa de crescimento mais rápido nos próximos anos para os mercados emergentes, quando considerados individualmente cerca de metade dessas economias tem projecções de crescimento em 2023 menores do que a estimativa para 2022, segundo o FMI.