Economia

Mercado global de diamantes ganha fôlego depois do bloqueio

Pedro Peterson

Jornalista

O mercado mundial de diamantes continua a dar fortes sinais de recuperação, embora tímido, depois de um período prolongado de contracção motivado pelo bloqueio imposto pela Covid-19 nas principais minas globais.

25/01/2021  Última atualização 19H43
Indústria diamantífera ressentiu dos efeitos da Covid-19 © Fotografia por: DR
A recuperação da demanda do consumidor final nos principais mercados de vendas, principalmente nos dos Estados Unidos da América (EUA) e da China, continuou no quarto trimestre de 2020.
Em vista disso, muitos vendedores dos EUA lançaram as suas ofertas de férias mais cedo para garantir uma distribuição mais uniforme da demanda e permitir o distanciamento social.

Como resultado, a temporada de férias de Natal nos EUA começou com as fortes vendas online, pois a pandemia obrigou os consumidores a fazer compras por meio de internet.
Outra tendência sustentável no sector de venda é a recuperação constante das vendas na China continental, onde as restrições às viagens fazem com que os consumidores chineses gastem mais no mercado interno. Na Índia, por exemplo, indústria de corte e polimento aumentou a produção de diamantes à medida que a situação epidemiológica permitiu que as restrições do Covid-19 fossem atenuadas.

Os grandes cortadores começaram a operar com 70 a 90 por cento da sua capacidade, e a tradicional celebração do Diwali (festa religiosa hindu) neste ano, foi mais curta do que o normal. Os stocks de diamantes no sector de corte permaneceram inalterados, o que ajudou os preços dos diamantes polidos a se recuperar e se estabilizar nos níveis anteriores ao Covid-19, já que a demanda por jóias se recuperou no segundo semestre do ano findo.

Na Rússia, a Alrosa, líder global na produção de diamantes, relata a sua produção de diamantes no quarto trimestre de 2020 de 7,1 milhões de quilates e um aumento trimestral nas vendas para 17 milhões de quilates.
A produção de diamantes em 2020 foi de 30 milhões de quilates e as vendas atingiram 32,1 milhões de quilates.

Em Maio de 2020, a empresa revisou a sua perspectiva de produção de 2020 de 34,2 para 28-31 m cts em meio à suspensão das operações em activos menos lucrativos, a fim de reduzir custos em resposta ao ambiente de mercado em deterioração no segundo trimestre causado pela pandemia Na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), a produção de diamantes em bruto diminuiu 4 por cento para 7,2 milhões de quilates, no terceiro trimestre de 2020, impulsionada por reduções planeadas na produção para reflectir a menor demanda por diamantes em bruto devido à pandemia.

Em Angola, a indústria diamantífera tem dado sinais de recuperação, já que novos investimentos estão a ser feitos para cumprir com as previsões de 2021. Na mais recente entrevista, o presidente da diamantífera nacional, Ganga Júnior, disse que as negociações para a entrada da multinacional mineira Rio Tinto no país estão muito avançadas, admitindo que se venha a concretizar este ano.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Economia