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A Cimeira dos Chefes de Estado de África da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA 21) arrancou este domingo, em Nairobi, capital do Kenya, com a reunião dos ministros das Finanças.
O país concluiu, recentemente, a construção de sete centrais fotovoltaicas, com capacidade de adicionar à rede pública de electricidade mais 370 megawatts e poder vir a beneficiar um mínimo 500 mil habitantes nas zonas rurais.
João Baptista Borges discursou na abertura da 25ª reunião do Comité de Direcção do Pólo Energético da África Central (PEAC).
Na ocasião, o ministro destacou ainda que, nos últimos anos, Angola atingiu uma capacidade total instalada de 6,3 gigawatts com a conclusão recente da Barragem de Laúca.
Prevê-se, até 2027, uma capacidade instalada de 9,6 gigawatts, com a conclusão do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça.
A infra-estrutura está em construção na província do Cuanza-Norte e permitirá gerar um adicional de 2,17 gigawatts. Há ainda a previsão de um adicional de mais 500 megawatts de capacidade solar, com a conclusão dos parques fotovoltaicos de Catete e Malanje.
No
âmbito da concretização do Plano de Desenvolvimento Nacional 2022-2027, Angola prevê, igualmente, avançar
para a construção de interligações com as regiões Central e Austral de África,
com destaque para a Namíbia, Zâmbia e República Democrática do Congo (RDC).
Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges
Angola assume presidência da região
O ministro João Baptista Borges informou, ontem, em Luanda, que nos dois anos de mandato à frente do Pólo Energético da África Central (PEAC), Angola vai desenvolver acções para que os projectos de interligação regional sejam uma realidade a curto prazo.
"Vamos ter um mandato de dois anos com actividades muito intensas”, disse.
Angola assumiu, por intermédio da empresa Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT), a presidência do Comité de Direcção do Pólo Energético da África Central (PEAC).
Segundo o ministro, não obstante os avanços alcançados no âmbito jurídico, ainda subsistem desafios no domínio das infra-estruturas, que impedem o início e a aceleração dos projectos de interligação regional.
As interligações entre os diferentes países vão necessitar de um engajamento político dos Estados e das diferentes organizações parceiras, incluindo o sector privado.
"Queremos criar um mercado de energia na África Central, onde cada país possa ir comprar ou vender a energia que produz ou de que necessita”, afirmou.
O nível de electrificação da Região Central de África situa-se em cerca de 40 por cento, com um potencial energético avaliado em 50 GW e uma capacidade instalada actual de 10 GW, niveis considerados reduzidos para atender 185 milhões de habitantes.
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