Um encontro para troca de experiências entre Organizações Comunitárias de Base (OCBs), organizações e redes de Pessoas Vivendo com VIH (PVVIH) realiza-se em Luanda, nas Caritas de Angola, no Rocha Pinto, nos dias 25 e 26 do corrente mês.
A problemática da escassez de especialistas em certas áreas da assistência em saúde vai estar minimizada, nos próximos tempos, com o reforço da cooperação entre o Ministério angolano de tutela (MINSA) e a Comunidade Médica dos Países de Língua Portuguesa (CMCPLP).
A garantia foi dada pela ministra Sílvia Lutucuta, ao destacar, segunda-feira, em Luanda, que os cuidados primários de saúde nas áreas da Medicina Familiar, Cirurgia Geral, Pediatria, Ginecologia-obstetrícia, Anestesia e Ortopedia vão beneficiar dessa cooperação.
Ao falar, no termo da reunião de intercâmbio, realizada com membros da CMPLP, Sílvia Lutucuta referiu que o sector vai dedicar uma atenção redobrada à especialidade médica de alta complexidade, em que se verifica, igualmente, escassez de quadros.
A ministra da Saúde avançou que o Governo já tem trabalhado para sanar essa situação de escassez de especialistas, com o envio paulatino de médicos em países como Brasil e Portugal, a fim de se especializarem em áreas complexas, no sentido de, em curto e médio prazos, regressem ao país e tratar os pacientes de certas especificidades.
A par disso, Sílvia Lutucuta fez referência à pretensão de se estabelecer intercâmbios com Cabo-Verde e Moçambique nas áreas de investigação, uma vez que o MINSA quer, de facto, dar uma atenção peculiar nas especialidades já mencionadas.
Outra área em que se regista, também, carência é a da Neonatologia. Mas, a ministra disse que estão a ser dados passos largos com Portugal e abriram-se caminhos para se explorar mais as facilidades da parte brasileira, através da CMPLP e, ao nível ministerial, continuar a fortalecer o intercâmbio entre os sistemas e serviços nacionais de saúde de cada país-membro.
Sobre a reunião mantida com os membros da CMPLP, Sílvia Lutucuta explicou que se trata de um forte sinal de que "o país está aberto a boas negociações e quer cada vez mais fortalecer o intercâmbio com as comunidades nos mais variados domínios”.
No que toca ao campo da formação médica, que foi o tema essencial do encontro, pode-se dizer que Angola está a dar passos muito importantes na especialização de médicos, enfermeiros, técnicos de diagnósticos e pessoal do regime geral. "Precisamos de suprir as carências e melhorar, também, a qualidade da assistência dos nossos quadros”, sustentou a ministra da Saúde.
Mobilidade na lusofonia
O presidente da CMPLP, Jean Carlos Cavalcante, realçou que o encontro serviu para apresentar as directrizes das políticas da instituição, as especializações médicas e suas dificuldades e a questão da mobilidade entre os médicos nos países lusófonos.
Frisou que a perspectiva da reunião é que, num prazo razoável, se consiga formar especialistas angolanos e não só, principalmente em Portugal e Brasil, para suprir as necessidades que muitos países-membros da CPLP têm enfrentado.
Na visão do presidente da CMPLP, a carência de especialistas é um problema que preocupa, significativamente, as populações de cada um dos países. "Por isso, sentimo-nos obrigados a enviar vários pacientes para fora do país a fim de serem tratados”, disse, para avançar que, forma geral, as áreas que precisam de mais especialistas têm a ver com a cirurgia pediátrica, cardíaca e anestesias.
Por esta razão, Jean Carlos Cavalcante referiu que se começou a estabelecer parcerias com outros países quer sejam no sector público, quer privado, desde que se disponham em receber e ajudar médicos para fazerem especializações.
Sobre quando e o número de médicos angolanos a serem formados, numa primeira fase, o presidente da CMCPLP explicou que, agora, está-se a reactivar o Centro de Especialização Médica de Cabo Verde, para, depois, usar a instituição no modelo nos demais países-membros da CMPLP.
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