A Mauritânia partia como a selecção menos favorita do grupo, com Angola e Mali como principais nomes a serem tidos em conta pelos especialistas à entrada para o torneio.

O elenco comandado pelo técnico francês, Amir Abdou, que se notabilizou ao serviço de Comores, conduzindo aquele país à primeira participação no Campeonato Africano das Nações (CAN), em 2021, e à respectiva melhor prestação de sempre, perdendo somente nos oitavos de final diante dos Camarões, por 2-1, decidiu agarrar um novo desafio ao assumir o leme dos Leões de Chinguetti.

O objectivo era simples, melhorar os resultados obtidos no CHAN, em 2014 e 2018 (último lugar, com 0 pontos).

O duelo de estreia foi na segunda jornada diante da Selecção Nacional, desde cedo ficou evidente que a Mauritânia, de Amir Abdou, era uma formação diferente, organizada posicionalmente, capaz de pressionar alto e rápida a condicionar o portador da bola, como tal conseguiu sacar um precioso ponto diante dos homens de Pedro Gonçalves.

A última jornada e derradeira partida, colocava pela frente o Mali, era importante garantir que os jogadores acreditavam que era possível carimbar a passagem para os quartos-de-final e isso ficou notório à medida que os minutos foram passando, ao intervalo mantinha-se o nulo.

As equipas do seleccionador, de 50 anos, são caracterizadas pela disciplina, pelo reconhecimento e a ocupação dos espaços, além de uma transição balanceada de defesa para o ataque.

Após garantir o golo aos 53 minutos, por intermédio de Ibrahima Mamadou Sy, a Mauritânia entendeu o momento e aproveitou o ímpeto segurando o marcador até final.

Contra todos os prognósticos, depois de assegurar o inédito apuramento à fase seguinte, Amir Abdou e os seus pupilos partem com uma confiança renovada e certamente vão lembrar-se deste feito para a posteridade, mas devem focar a atenção no embate diante do Senegal, agendado para 27 de Janeiro, nos quartos-de-final.