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Maquela do Zombo ganha novo sistema de abastecimento de água

António Capitão | Uíge

Jornalista

O município de Maquela do Zombo, na província do Uíge, vai ter, a partir do mês de Julho, um novo sistema de captação, tratamento e distribuição de água potável à população da sede municipal, com a conclusão das obras desta infra-estrutura iniciada em 2012 e que estiveram paralisadas durante 11 anos, por razões de ordem financeira.

02/04/2024  Última atualização 07H04
Os trabalhos estão em fase conclusiva , sendo que até, Julho a população vai ver melhorada a qualidade da água nas casas © Fotografia por: António Capitão | Edições Novembro | Uíge

A informação foi avançada, ontem, pela presidente do Conselho de Administração da Empresa de Água e Saneamento doUíge (EASU), Emília Fernandes, que destacou, além da construção da central de captação e tratamento, a implementação de uma rede de distribuição que inclui mil ligações domiciliares e 115 chafarizes."Os trabalhos estão na fase conclusiva e acreditamos que até ao mês de Julho a população de Maquela do Zombo vai passar a consumir água potável nas residências, assim como a construção de 115 chafarizes públicos, para facilitar aqueles com dificuldades de celebrarem contratos com a empresa e assim beneficiarem dos seus serviços,”, disse.

Emília Fernandes referiu, ainda, que está, também, em fase conclusiva  o  projecto de construção do sistema de captação, tratamento e distribuição de água da sede municipal da Damba, cuja inauguração está prevista para Maio próximo. A infra-estrutura, acrescentou, vai contar com uma rede de distribuição, composta por 1.907 ligações domiciliares.

A responsável avançou que, além da referida rede de distribuição, o projecto contempla, também, a construção de 12 chafarizes, que se vão agregar aos sete já existentes, construídos pela Administração Municipal da Damba, no quadro das acções inseridas no Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP).

Para os municípios de Negage e Quimbele, assegurou que estão em curso os últimos acertos administrativos com as empresas contratadas para o reforço da capacidade de abastecimento de água potável nestas localidades.

"Para o município de Quimbele, existem duas empresas a concorrerem para a empreitada, que

são o consórcio SMEC e a Sinohydro, esta última que já possui um contrato formalizado desde 2014. Para o Negage está decidido que a SMEC e a Toyota se vão  encarregar pelos trabalhos de reforço da capacidade de distribuição de água naquela região”, referiu.

 
Novos projectos

Emília Fernandes disse que existem vários projectos que visam a melhoria da qualidade da água consumida pela população da província que vão passar a ser implementados de forma faseada, estando, nesta altura, a ser identificadas as iniciativas que devem ser inscritas na carteira de investimentos do Executivo para os municípios de Ambuíla e Milunga.

 "O Ministério da Energia e Águas tem envidado todo o esforço, em parceria com o das Finanças, para angariar financiadores. Já foram feitos levantamentos nos municípios de Ambuíla e Milunga para servirem de apoio à elaboração das notas técnicas que vão servir de suporte à  captação de financiamentos”, disse.

Para a cidade do Uíge, Emília Fernandes reconheceu existir, ainda, um certo grau de insatisfação da população, devido à pouca oferta e qualidade dos serviços prestados pela Empresa de Água e Saneamento do Uíge (EASU).

A gestora assegurou que existem dois projectos que visam a instalação de mais 15 mil ligações domiciliares pela empresa CTCE, que já está a efectuar os estudos de impacto ambiental e social, assim como o projecto de construção de um novo sistema de captação, tratamento e distribuição de água a partir do rio Loge.

 "Relativamente às ligações domiciliares, projectámos mais 15 mil ligações para a cidade do Uíge. A empresa CTCE está a estudar como deve implementar as condutas, as ligações, a quantidade de rede e a procurar saber se no bairro onde se pretende implementar o projecto a água será capaz de chegar às residências, tendo em conta as características do relevo da cidade”, referiu.

 
Escassez de água no Uíge

A PCA da EASU sublinhou que a cidade do Uíge, tecnicamente, tem registado, nos últimos meses, escassez de água, o que tem obrigado a empresa ao fornecimento intermitente em alguns bairros, podendo ser mediante uma escala semanal, onde algumas localidades ficam dois ou mais dias sem o aprovisionamneto de água potável. "O projecto do reforço do abastecimento está prestes a iniciar, estando em curso o processo de desminagem do local onde deve ser construída a barragem e elaboração dos estudos de impacto ambiental e social”,disse.

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