O director do Gabinete de Parcerias Público Priva-das do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), Augusto Dembo, afirmou que o número crescente de manifestações de interesse, "evidencia de que os empresários que operam em outros mercados estão atentos às oportunidades de negócios que o nosso país oferece”, mas lembrou que uma das premissas para serem habilitadas é que tenham "comprovada experiência e capacidade financeira para fazer parte de um processo tão complexo da economia circular de grande dimensão”.

O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do MEP, Benedito Kayela, considerou que um dos motivos do grande interesse pelo concurso é o facto de se tratar de um projecto de elevada rentabilidade económica, que envolverá a produção de aço reciclado, plástico, energia eléctrica, gás butano e fertilizantes, sem descurar outros bens de consumo com valor acrescentado.

"Ao transformar o aterro numa cadeia de valorização dos resíduos sólidos, o país está a dar um passo muito importante na racionalização de receitas, se tivermos em conta a redução dos índices de importação de matérias-primas daí resultante, tal como barras de aço e fertilizantes, cuja dependência do mercado externo condiciona o desenvolvimento dos sectores da construção e agricultura”, frisou.

Os Ministérios da Economia e Planeamento e das Finanças lideram os contactos com os potenciais investidores, recorrendo, inclusivamente, a canais diplomáticos para atrair empresas com elevada experiência na gestão de resíduos nos Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Alemanha, China e outros.

Além dos canais diplomáticos formais, os dois departamentos ministeriais endereçaram convites directos às empresas de maior referência nestes domínios, aguardando que apresentem propostas exequíveis no concurso público internacional  marcado para o dia 30 de Abril, com a licitação das obras de  requalificação orçadas em 70 milhões de dólares.