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Mali questiona relatório sobre direitos humanos

As autoridades malianas questionaram, ontem, a “credibilidade” de um relatório da ONU indicando um aumento de 54% dos mortos em 2022 e atribuindo um terço das violações dos direitos humanos no país ao exército maliano e aos seus aliados.

24/03/2023  Última atualização 09H40
© Fotografia por: DR

O relatório "não dá detalhes sobre a verificação dos casos relatados” e não permite que o Governo "conduza, se necessário, um confronto e investigações”, apontou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, comentando a nota trimestral sobre violações dos direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), relativa ao período de Outubro a Dezembro de 2022.

As autoridades malianas assinalam que alguns casos de violações dos direitos humanos denunciados pela ONU têm por base "documentos publicados por organizações estatais e também não estatais” e entrevistas realizadas remotamente, o que "levanta a questão da credibilidade de toda a informação recolhida”.

A Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma) diz, no seu relatório trimestral, que o número de pessoas mortas no país aumentou 54% em 2022, comparativamente a 2021, e 35% das violações dos direitos humanos foram atribuídas às Forças de Defesa e Segurança.

"No total, 2.001 pessoas foram afectadas pela violência em 2022 (1.277 mortos, 372 raptados/desaparecidos e 352 feridos)”, lê-se no documento. Os grupos extremistas islâmicos são os principais perpetradores da violência, representando 56% das violações registadas, de acordo com a mesma fonte.

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