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O sector da Agricultura em Malanje prevê abastecer, este ano, o mercado nacional com mais de 2,5 milhões de toneladas de alimentos diversos.
O director do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas de Malanje, Carlos Chipoia, garantiu, em Luanda, que em relação ao ano anterior, este indicador teve um acréscimo significativo de 30 por cento, e isto se deve ao surgimento de outros intervenientes na produção, como a introdução de novos variantes de sementes, materiais genéticos e melhoria na assistência técnica, o que permite obter mais segurança e compreender as expectativas.
O responsável sublinhou ainda que a produção de mandioca, com mais de um milhão de toneladas, e o milho a rondar as 200 mil toneladas destacam-se entre os principais produtos cultivados, a seguir ao segmento do feijão, da soja e das hortícolas, que permitirão alcançar os dados alimentares apresentados. Com este grau de produtividade, considera-se uma contribuição bastante valiosa para a balança alimentar, que se vai reflectir positivamente na vida das famílias em todo o território nacional.
Além disso, existem algumas linhas específicas de trabalho onde entra em evidência a produção de arroz, quer no sector familiar quer empresarial. Nesta conformidade, disse, há demonstrações de diversidade de bens para o consumo diário das famílias.
Apesar do resultado já garantido, em parcerias com as famílias e demais instituições,Carlos Chipoia disse que se vai continuar a trabalhar para aumentar a produção e atingir os indicadores previstos no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023 – 2027, cujos indicadores são relativamente altos em conformidade com a capacidade actual da província. Entre as acções, destacou o aumento da assistência técnica às explorações agrícolas familiares, disponibilidade de factores de produção, apoio e facilitação ao acesso à mecanização agrícola e a criação de condições para a construção e reabilitação das infra-estruturas de apoio à produção agropecuária.
Embora já haja a nível da província iniciativas agrícolas importantes, de forma estratégica a grande intenção passa por uma discussão mais alargada e acima de tudo levar isso a debate com os produtores, com o sector bancário e outros sectores que podem contribuir para o crescimento da Agricultura. Para isso, disse, é preciso encontrar soluções de financiamento.
"Se tivermos o financiamento garantido e as vias de acesso facilitadas, vamos ganhar este desafio”, disse.
Carlos Chipoia disse que, apesar da actividade agrícola já ser bastante conhecida e praticada pelas famílias, o Governo Provincial de Malanje, por via do gabinete de tutela, tem introduzido algumas experiências ligadas ao fomento da horticultura e da fruticultura.
A par da ideia de produção familiar de hortícolas e frutas, para o mercado interno, existe também um empenho em ajudar outros agricultores a resgatar o cultivo de algodão.
No sector empresarial, a província dispõe de um conjunto de 16 grandes empresas e mais de 200 empresas de pequeno e médio níveis, o que dá uma garantia de segurança no projecto de aumento de alimentos.
O director do Gabinete Provincial de Malanje da Agricultura considerou que o sector enfrenta, ainda, vários desafios, desde a produção, logística e comercialização.
No global, segundo o responsável, a produção actual de milho no país ronda as 4 milhões e 500 mil toneladas por ano, número considerado insuficiente face às necessidades internas, que são de 10 milhões de toneladas/ano.
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