No terceiro e último dia do Workshop Nacional sobre Mapeamento e Estratégia das Indústrias Culturais e Criativas de Angola (ICC's), ficou em evidência, na quarta-feira, nas palavras do director da "Art sem Letra", Kiaco Zambo, que Angola Criativa necessita de mais do que uma sala para realizar um evento desta dimensão.
A Expo-Mulher, evento que encerra amanhã, na Baía de Luanda, com a participação de mais de 1.500 expositoras, recebeu, nos últimos quatro dias, um total de dez mil visitantes, de acordo com Maria Pedro, membro da equipa organizadora.
Dentre as várias expositoras encontramos Lia Isabel, florista. A montra tem diversos tipos de flores e espera que até amanhã receba dezenas de visitantes, com particular destaque para aqueles que compram flores para oferecer.
"Mais do que os lucros que estou a perspectivar, devo afirmar que está a ser uma excelente iniciativa. Juntar mais de 1.500 mulheres vindas das diversas províncias para demonstrar as particularidades do empreendedorismo feminino é muito bom, referiu.
Lia Isabel sublinhou que a Expo-Mulher, é sobretudo, um desafio futurista, cuja visão recai para a troca de experiências, conhecer novos clientes e vender um pouquinho, mas devido ao número de visitantes.
Apesar de ser o primeiro evento em que participa, Lia Isabel considera ser uma ocasião que vai ajudar a ampliar a visão sobre os seus negócios, tendo em conta o número de solicitações.
Francelina Ndeuyema, da província do Cunene, expõe bebidas caseiras e cereais produzidos na zona Sul do país.
Disse que a feira está a ser um sucesso e, até amanhã, dia do encerramento, espera fazer bons contactos e ganhar mais experiências, realçando o facto de estar rodeada de mulheres mais antigas no ramo do empreendedorismo.
Na stander da Francelina Ndeuyema encontramos ainda outros produtos, dentre os quais carne seca de cabrito, massambala, jergelim , muteta e o famoso vestuário dos Oshikwanyama.
Silvana Caricoque é artesã e costureira. Oriunda do Moxico confecciona roupas e faz chinelos para todas as idades, há mais de sete anos.
"Sem medo de errar, todos os meus produtos são feitos à mão e apresentam qualidade de dimensão nacional e internacional. São comercializados a bom preço, de forma a beneficiar todos os bolsos, realçou.
Livros e pesca
Emília Áurea Miguel é uma jovem que trabalha no sector das Pescas. É directora comercial do grupo SFT no mercado pesqueiro desde 2014.
Emília Áurea Miguel trabalha na SFT desde a fundação da empresa, que segundo ela, a instituição é, actualmente, líder no mercado pesqueiro, abastecendo cerca de 25 por cento do território nacional.
"Quando entrei na SFT, eu era uma das poucas senhoras, mas fui muito bem acolhida pelos colegas. Com trabalho e muita dedicação fui nomeada directora para área comercial, onde trabalho com outras mulheres e temos feito bom trabalho”.
Emília Áurea Miguel explicou que o negócio do peixe tem muito a ver com a capacidade de comercialização, porque são mais as mulheres que vendem peixe na rua.
À Expo-Mulher 2022, a empresa SFT levou carapau, corvina, pescada e outras tipologias de peixe, permitindo aos visitantes vários opções e a bom preço. A SFT tem 300 trabalhadores e cerca de 2.500 colaboradores que na sua maioria são mulheres.
Promovida pela Organização da Mulher Angolana (OMA), a Expo-Mulher visa fomentar a participação das mulheres nas actividades produtivas e económicas do país.
Cooperativa agrícola
Natália Marcos é expositora de uma empresa de distribuição de livros, localizada na província da Huíla, que também tem participado em várias feiras no país, com realce para Filda. Diz que a Expo-Mulher tem uma grande diversidade de produtos e muitos deles criações originai feitos somente por mulheres.
Natália Marcos tem disponível na tenda, livros de quase todas as áreas do saber e lembrou que a leitura é um caminho para a mulher atingir o desejado desenvolvimento. Depois da equipa de reportagem visitar várias standers, constatou que na Expo-Mulher, nem tudo é lucro e bons contactos. Muitas expositoras estão preocupadas com a forma de conservação dos produtos por falta de câmaras frigorificas para o efeito. E o caso de Mariana Kalombe que veio de Cuanza-Norte, representando uma cooperativa agrícola da cidade de Ndalatando.
Mariana Kalombe disse que, em três dias de exposição, apenas vendeu produtos no valor de 15.000 kwanzas. Esta situação a preocupa muito, porque a maioria dos produtos tende a estragar-se, causando assim muitos prejuízos.Seja o primeiro a comentar esta notícia!
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