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Mais de 80 mil famílias beneficiam de água potável

Marcelino Wambo | Huambo

Jornalista

A Empresa de Água e Saneamento do Huambo vai aumentar o número de clientes, para 80 mil consumidores, depois da conclusão do trabalho de montagem dos novos contadores e das ligações domiciliares, informou, sexta-feira última, o presidente do Conselho de Administração da instituição.

29/01/2023  Última atualização 16H47
Habitantes do Huambo vão ter dias melhores, depois do trabalho de reabilitação de alguns pontos da rede de distribuição © Fotografia por: DR
Adolfo Elias Gomes afirmou que estes números justificam-se pela expansão da rede de tratamento e distribuição de água a mais de 20 bairros da província.

As 41 mil ligações domiciliares, explicou, inserem-se no projecto que teve início em 2016 e com término previsto para o próximo ano, no quadro do projecto financiado do Banco Mundial.

Adolfo Gomes lembra que parte dos bairros, Kakelewa, Calundo, Aviação, Vila Graça, Calilongue e Santa Iria, já beneficiam de água potável, um trabalho desenvolvido de maneira paulatina devido ao crescimento exponencial da população.  

O responsável fez saber que, com a conclusão do trabalho das novas ligações, prevista para próximo ano, o número de clientes pode atingir até 100 mil consumidores nas cidades do Huambo e Caála na centralidade Fernando Faustino Muteka.

Acrescentou que neste momento decorrem, de forma paulatina, trabalhos de alargamento da rede de distribuição da água para os restantes bairros, como o Katchindombe, Sassonde I e II, Santo António, Casseque I e II. Essa empreitada é realizada com montagem de contadores e torneiras de passagem nas residências.

Adolfo Gomes, explicou, o sistema de captação de água a partir do rio Kulimahãla, que data desde os anos 40, já não respondia à demanda devido o crescimento exponencial da população. Isso levou a que em 2015, o Governo Provincial do Huambo inicia-se um novo Projecto de construção a partir do rio Kunhoñgamwa para reforçar e alargar a capacidade da rede de distribuição e abastecimento de água para suprir a necessidade dos munícipes.

Por outro lado, esclareceu que os restantes municípios são das responsabilidades das respectivas administrações através das equipas criadas para o efeito, que têm prestado o devido apoio técnico e institucional onde for necessário.

 

Celebração de contratos

O presidente do Conselho da Administração da Empresa de Água e Saneamento do Huambo considerou a celebração dos contratos de consumo a via certa para o cliente não incorrer na ilegalidade. Assegurou ainda a esse respeito que com a conclusão do trabalho da montagem dos contadores e ligações domiciliares o número de clientes aumentou consideravelmente, já que dos 80 mil consumidores controlados somente 54 mil têm vínculo contratual e cumprem com as obrigações de pagamentos.

Com as acções, o governo pretende atingir numa primeira fase mais de 100 mil consumidores. Ainda assim, Adolfo Gomes sublinhou ser necessário que os clientes honrem os seus compromissos de consumo da água para que a empresa possa fazer outros investimentos e atender outras áreas que tanto necessitam. 


Dívida dos consumidores orçada em mais de mil milhões de kwanzas 

O valor da dívida de água contraída pelos consumidores particulares e institucionais, que remontam desde 2020, aponta para mais de 1 bilião de kwanzas, situação que tem vindo a criar constrangimentos na planificação e funcionamento condigno da empresa, segundo o presidente do Conselho da Administração Adolfo Elias Gomes.

Para reaver o montante, sublinhou, a instituição está a promover, através de equipas próprias, campanhas de sensibilização e esclarecimento dos clientes, além da aplicação de cortes e multas, em caso de necessidades para o efeito.

Adolfo Elias Gomes explicou que aliado aos aspectos aflorados os gastos da Empresa de Água e Saneamento com a manutenção dos equipamentos e outros serviços para manter em pleno funcionamento e fornecimento são muitos avultados. Nesse quesito acrescentou que até a tarifa que se aplica na cobrança é insignificante, mas que ainda assim, há clientes que não cumprem com as suas obrigações de consumo.

Arrecadação mensal

Em relação à arrecadação de receitas, o responsável assegurou que, em média, a instituição tem a capacidade de recolher em média mensalmente mais de 30 milhões de kwanzas, valor este nem se quer chega para cobrir gastos com pessoal, de manutenção dos equipamentos e outras correntes. Entretanto, Adolfo Gomes ressaltou que no caso urbano da cidade, a distribuição de água potável é de 100 por cento. "Por isso, as acções da empresa estão viradas para os bairros”, concluiu.   

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