O banco BCS arrancou, segunda-feira, com a subscrição de um fundo fechado especial de investimento em valores mobiliários, no valor global de cinco mil milhões de kwanzas para as empresas, institucionais e particulares.
Trinta e cinco extensionistas, enquadrados no Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares (SREP), concluíram, sexta-feira, no município do Negage, província da Huíla, uma formação sobre metodologias de extensão rural.
Ministrada num período de cinco dias, a formação teve como objectivo principal dar uma maior dinâmica à produção agrícola na província do Uíge. Trata-se de uma iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), conduzida por quatro (4) especialistas ligados às Escolas de Campo da província.
Esta formação é inserida no programa de preparação de técnicos que vão trabalhar com os camponeses nas comunidades rurais, segundo o chefe de departamento provincial do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA). Joaquim Faustino disse que a formação é uma continuidade das actividades das escolas de campo, uma vez ser parte do programa de formação as sessões teóricas e práticas, incluindo deslocações aos campos agrícolas, localizados no município de Negage. A iniciativa busca também o aumento dos níveis de domínio das matérias agrícolas por parte dos extensionistas, sobretudo as metodologias.
De acordo com Joaquim Faustino, este evento foi posível, em grande parte, pela cooperação do Instituto Médio Agrário de Negage (IMAN), porquanto foi determinada como responsabilidade deste organismo vocacionado à formação agrária, o acompanhamento aos produtores familiares nas comunidades, através da ministração de aulas práticas aos alunos.
O chefe de departamento Provincial do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) lembrou que o Instituto Médio Agrário de Negage está encarregue, dentro das políticas do Ministério da Agricultura e Florestas, do acompanhamento dos produtores familiares com áreas de até cinco (5) hectares. Os novos técnicos saíram com recomendações para serem implementadas as aprendizagens nos municípios em que estão colocados, nomeadamente Kitexe, Uíge, Negage, Bungo, Sanza Pombo, Maquela do Zombo e Mucaba.
Perspectivas de produção
A província do Uíge poderá, no final da presente época agrícola, obter "bons” resultados a julgar pelas chuvas e pelos investimentos feitos junto dos produtores locais.
Segundo o chefe do Departamento Provincial do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), Joaquim Faustino, se se tiver em consideração o regime pluvial, pela maneira como está a chover na região, a preparação feita, a entrega em tempo certo de factores de produção, como sementes, instrumentos de trabalhos, fertilizantes e todo o apoio de assistência técnica, os resultados serão satisfatórios.
Joaquim Faustino disse que está controlado um universo de 234.000 intervenientes agrícolas, entre empresas, membros de associações e famílias camponesas, envolvidos na actividade agrícola na província do Uíge. As culturas mais frequentes e de maior aposta são as raízes e tubérculos, casos da mandioca, batata-doce, yiame e leguminosas, como amendoim, feijão, soja e outras. Joaquim Faustino fez saber que a cada Escola de Campo nas comunidades estão integrados 35 produtores agrícolas familiares, que são acompanhados por um extensionista.
Participantes
O técnico Viera Teles Vicente é um dos participantes à formação, proveniente do município de Negage. Disse que com a formação vai poder trabalhar com os produtores, camponeses e todas as pessoas que vivem da agricultura, devidamente identificadas nas aldeias, com a finalidade de garantir o melhoramento da produção. Conforme referiu, a formação foi muito
proveitosa, e coisa boa foi partilhada e que enriquece o "curriculum” académico. Além disso, garantiu que tudo quanto foi recebido é para guardar e levar-se à acção nos campos de referência, ali onde estiverem colocados.
Por sua vez, José Gonçalves, técnico e formador da Escola de Campo, realçou o facto de terem sido ministradas aulas relacionadas com os princípios de formação das Escolas de Campo, a sua contextualização, historial, metodologias de actuação no campo, escalas metodológicas, porquanto são estes passos a seguir para a constituição de uma Escola de Campo.
As
escolas de campo são espaços de capacitação dos pequenos agricultores sobre
práticas melhoradas de cultivo, tecnologia agrícola moderna, melhoria da
fertilidade dos solos, e da gestão integrada dos nutrientes, gestão de
negócios, entre outros factores. Estima-se que, neste momento, em Angola,
estejam já criadas em todo o país mais de seis mil Escolas de Campo.
Eunice Suzana /Uíge
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