As cirurgias  enquadram-se numa campanha promovida pelo Ministério da Saúde e que se realiza desde a abertura da unidade sanitária, há quatro anos. De lá para cá, já foram operadas 1.088 mulheres de várias idades e proveniências.

O director-geral do hospital, David Abel, disse ao Jornal de Angola que as intervenções cirúrgicas são efectuadas por 35 profissionais de saúde, entre médicos, instrumentistas, anestesistas, enfermeiros e pessoal de apoio hospitalar, repartidos entre especialistas internos, adstritos ao Hospital Walter Strangways, e mais 12 clínicos do Hospital Azancot de Meneses, em Luanda.

A directora de Enfermagem do hospital, Filipa Amaral, esclareceu que, entre as 230 mulheres, foram, num primeiro momento, operadas 30, sendo que, durante a semana em curso, devem ser atendidas mais 143 pacientes. Garantiu que as restantes recebem intervenção cirúrgica ainda no fim do mês em curso. 

Filipa Amaral anunciou, para o próximo mês de Junho, uma nova campanha de cirurgias, desta feita ao Lábio Leporino, devendo as operações à Fístula Obstétrica retomar em Janeiro de 2025.

, tendo em conta que o número de mulheres com a doença tem aumentado significativamente.

"Estas campanhas, promovidas pelo Ministério da Saúde, estão a permitir reduzir a longa lista de espera de pacientes com Fístula Obstétrica”, assegurou.

A Fístula Obstétrica é uma doença causada por lesões provocadas por partos prolongados e com obstrução, sem acesso a tratamento médico oportuno e de alta qualidade.