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O porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros anunciou, domingo, em Luanda, que foram recuperados, dos escombros do edifício 76-78, que desabou sábado último, 134.719.000 kwanzas.
Félix Domingos realçou, durante a actualização da situação sobre o desabamento do edifício de 6 andares, na Avenida Comandante Valódia, que o proprietário da quantia monetária ainda não foi identificado. Outra preocupação da instituição, disse, tem sido a recuperação do património das empresas que tinham escritórios no edifício.
"Algumas conseguiram ter parte da estrutura ilesa, após o desabamento. Por isso, paramos os trabalhos durante duas horas e demos aos proprietários a possibilidade de reaverem alguns bens”, explicou.
Edifícios adjacentes
Em relação aos edifícios adjacentes, Félix Domingos esclareceu que os trabalhos de averiguação da estrutura continuam. "Existe uma comissão técnica a tratar do risco que eles apresentam”, esclarece, adiantando que já evacuaram as pessoas nestes prédios.
A responsabilidade de alojar os moradores do edifício desabado, explicou, é da empresa proprietária do prédio. O Governo Provincial, avançou, vai apenas tratar da segurança das pessoas e dos imóveis.
Explicações
Félix Domingos esclareceu ainda que o comunicado posto a circular, pela empresa proprietária do edifício, Fundo de Investimento Imobiliário, sobre as causas do desabamento do prédio 76-78, não tem fundamento legal, porque as verdadeiras causas do incidente ainda não foram apuradas.
O referido comunicado de imprensa, acrescentou, se baseia num relatório realizado pelo Laboratório de Engenharia de Angola, mas não pode servir de base, por ser resultante de uma análise prematura, feita horas depois da tragédia.
"Descartamos a autenticidade deste comunicado de imprensa, que foi tornado público, por não condizer com a verdade. No entanto, estámos a aguardar por esclarecimentos com melhores informações dos técnicos. Só depois poderemos dizer o que realmente aconteceu para o edifício desabar”, esclareceu.
Trabalhos de busca
As actividades de remoção dos escombros está a envolver uma equipa constituída por mais de mil pessoas, com destaque para os efectivos do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, da Polícia Nacional, agentes da Investigação Criminal e técnicos de outras instituições, que se juntaram ao Governo Provincial de Luanda.
As autoridades continuam a descartar qualquer possibilidade de perdas de vidas humanas, mas, ainda assim, os trabalhos de busca e remoção dos escombros do edifício 76-78 continuaram até ao final do dia, de ontem, de forma a ter plena certeza.
"Até ao momento não foram encontrados mortos entre os escombros, mas o trabalho vai continuar ininterruptamente até a completa liberação da via”, reforçou Félix Domingos.
Os pertences recuperados estão a ser catalogados e entregues aos proprietários, de forma paulatina, pela Administração do Município de Luanda. "Os trabalhos continuam e a medida em que forem sendo encontrados malas de roupas e outros objectos de valor vão ser entregues aos proprietários”.
Alerta aos cidadãos
O engenheiro civil Edmundo Sapalalo, da empresa de fiscalização Vias do Bem, que fez o diagnóstico da situação do edifício, na última quinta-feira, alertou os cidadãos para evitarem fazer alterações no interior dos apartamentos sem a prévia avaliação de um especialista. Actos como partir parede, retirar e aplicar novos pilares, podem provocar alterações irreparáveis, cujas consequências, no futuro, sejam um problema "grave” para o edifício. Algumas alterações, mesmo que pequenas na perspectiva de quem as faz, podem causar o desabamento de um prédio.
Casos
Luanda é uma cidade que tem
crescido bastante, em termos arquitectónicos, nos últimos anos. O primeiro
desmoronamento, mediático, de um edifício, aconteceu em 2008, quando caiu o
prédio onde estava a Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC). A queda
causou a morte de 24 pessoas.
O lamento de quem perde quase tudo
Uma das moradoras do edifício 76-78 foi encontrada, ontem, pela equipa de reportagem do Jornal de Angola, na rua, aos prantos e a tentar reaver os pertences.
Sem aceitar ser identificada, a jovem disse que não tem onde morar, estando neste momento a dormir no quintal da vizinha. Contou que quando começou o processo de mobilização dos vizinhos para deixarem o prédio, estava no salão de beleza. "Não consegui tirar nada, apenas saí de casa com a carteira, onde tinha algum dinheiro e documentos. Deixei a minha mãe em casa, mas ela foi retirada de lá. Quando regressei disseram que não podia entrar no prédio, porque estava a tremer”, desabafou.
A moradora vivia há 47 anos no edifício, com seis pessoas no apartamento, sendo os pais e mais três irmãos. Conta que perdeu jóias, relógios, roupas, e peças do enxoval.
Lembra que viveu grandes momentos no edifício e tem boas recordações dos vizinhos. A situação de infiltração no edifício, revelou, é antiga e já eram visíveis as fissuras em vários pilares. Dos objectos recuperados nos escombros pelo Serviço de Protecção Cívil e Bombeiros disse ter recebido, apenas, a botija de gás e um passaporte já caducado.
O morador Délcio Mateus que esteve desde às 15H00 de sexta-feira, a acompanhar o processo de evacuação, disse que o realojamento continua sem "rumo”, pelo facto de a empresa proprietária do edifício não ter se manifestado ainda.
Em relação ao hotel disponível para os moradores, disse que não oferece condições de acomodação para todos ficarem. Por isso, disse, uns optaram por ir à casa de familiares.
O jovem assegurou que apesar da tristeza, existe solidariedade entre vizinhos. "Todos estão desolados, mas estamos a dar forças uns aos outros”, frisou.
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