Economia

Mais de 13.500 pessoas visitaram a Feira Internacional de Benguela

Arão Martins / Benguela

Jornalista

Mais de 13 mil e 500 pessoas visitaram a 12ª edição da Feira Internacional de Benguela (FIB) - 2023,que decorreu de 24 a 27 de Maio, no estádio Nacional de Ombaka, arredores da cidade das Acácias Rubras.

28/05/2023  Última atualização 07H00
© Fotografia por: Arão MartinS | Edições Novembro

Ao certame, que foi realizado no âmbito dos 406 anos desde que Benguela ascendeu à categoria de cidade, acorreram pessoas de diversas idades e origens.

Com estes números, a Feira Internacional de Benguela (FIB) 2023, realizada sob o lema "O Corredor do Lobito”, superou todas as expectativas, já que se estimava que o evento, que contou com a participação de 368 expositores, deveria receber 10.500 visitantes.

O presidente do Conselho de Administração do Grupo Arena, Bruno Ricardo Albernaz, que prestou a informação   ao Jornal de Angola, disse que a FIB-2023 mostrou o perfil dos expositores, rumo à diversificação da economia.

Comparativamente à edição anterior, assegurou, houve um aumento de 27% de participantes, tendo considerado um número robusto daquilo que são as participações e pela forma "agressiva” como os expositores mostraram os seus produtos e serviços.

 Para o PCA do Grupo Arena, a presença e o potencial apresentado demonstrou o contributo directo às soluções que a província de Benguela e o país procuram, visando o inverter daquilo que é o panorama económico virado para as importações. A presença do grande número  participações é,também, uma demonstração clara de que a diversificação da economia começa a dar mostras de que o país tem potencial para reduzir as importações.

Bruno Ricardo Albernaz disse que, nesta edição, foram vistas  muito mais empresas de apoio directo ao agronegócio e os produtos feitos em Angola em números muito representativos.

Realçou, também, a presença massiva da Banca e dos Seguros, salientando que houve uma amostra muito forte daquilo que é o dinamismo de todos os empresários presentes, que  acreditam no grande potencial da província de Benguela e naquilo que é o mote que diz que "todos juntos nos carris do desenvolvimento”.

 
Viragem do perfil

Na Feira Internacional de Benguela (FIB), garantiu o PCA do Grupo Arena, viu-se uma viragem daquilo que é o perfil e a forma como os expositores entendem fazer negócios, que hoje estão muito mais alinhados com a estratégia do Executivo de promover as exportações e reduzir as importações.

"Esta região precisa do suporte e do apoio do agro-negócio e já vemos isso, com  a Banca e os Seguros muito aproximados naquilo que são os pacotes direccionados a negócios, ou seja, é um trabalho que começa a dar, agora, os seus frutos, no que diz respeito ao que o país  pretende para o futuro e com aquilo que nós, enquanto organizadores de eventos do género, temos que proporcionar, que é um melhor ambiente de negócios e a melhor montra daquilo que se faz, do que existe, não só na província, mas, também, em toda esta região e no país”, disse Bruno Albernaz.

Adiantou que vai ser anunciado, nos próximos dias, o número de negócios realizados e as parcerias estabelecidas entre as empresas durante a Feira. Disse que, além dos negócios realizados, o evento teve impacto na economia real da província.

Os 10 municípios de Benguela mostraram a Angola e ao mundo que estáo cada vez mais fortes e que a região é um bom lugar para  investir no agro-negócio e em muitos outros segmentos da economia. Enalteceu, por outro lado, as enchentes registadas, quer em restaurantes, bancos e outros serviços, o que teve, como disse antes, um grande impacto na economia real.

"A FIB é uma montra daquilo que se faz, do melhor que se faz e daquilo que se pode fazer mais”, disse, salientando que o balanço do certame, de quatro intensos dias, "só podia ser positivo”.

Bruno Ricardo Albernaz disse que foram quatro dias de muito trabalho e criadas centenas de empregos directos e indirectos.

 
Corredor do Lobito

Indicou que o Porto é um importante vector para a dinamização do Corredor do Lobito e da região (República Democrática do Congo e Zâmbia), servindo como alavanca e facilitador da actividade logística para o desenvolvimento da África Austral. "Estamos todos muito expectantes para que o Corredor do Lobito seja muito claramente aquele que poderá, de forma transversal, apoiar todas as empresas, não só do sector logístico, mas todos produtores, a fazer chegar a outros países os seus produtos”, disse Bruno Albernaz.

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