Cerca de 11.950 famílias dos municípios de Bula Atumba, Dembos e Nambuangongo, na província do Bengo, beneficiaram, no ano passado, do projecto Kwenda, adiantou, ao Jornal de Angola, em Caxito, o director provincial do Fundo de Apoio Social (FAS) e do Instituto do Desenvolvimento Local.
Alexandre Domingos acrescentou que, na província do Bengo, o projecto Kwenda foi implementado em apenas três municípios: Bula Atumba (duas comunas), Dembos (quatro) e Nambuangongo (cinco), do total de 13 comunas e 150 aldeias.
Para o processo de cadastramento, o FAS contou com 86 colaboradores. Nos Dembos foram cadastradas 3.237 famílias, Bula Atumba 2.924 e no município de Nambuangongo 10.206.
Cada agregado familiar contemplado recebeu, mensalmente, 25 mil kwanzas.
Alexandre Domingos adiantou que o FAS pretende concluir as últimas duas prestações de 2022 ainda no primeiro trimestre do corrente ano.
O director provincial do Fundo de Apoio Social, que fazia o balanço das actividades realizadas no ano findo, informou que, com o projecto Kwenda, foi possível reabilitar e apetrechar várias infra-estruturas sociais nos municípios do Dande, Dembos e Pango Aluquém, com destaque para duas escolas, uma residência para professores e um Centro de Saúde, na localidade de Kitongola, na comuna das Mabubas.
Destacou, também, a
inauguração de duas quadras desportivas, uma nos Dembos, na comuna do Quipungo,
e outra no município do Pango Aluquém, estando prevista, para quarta-feira, a
abertura do Centro de Acção Social Integrado (CASI), na comuna de Quibaxe, município
dos Dembos.
Expansão do projecto
O Instituto de Desenvolvimento Local tem em carteira a expansão do Kwenda a outras localidades da província, principalmente em zonas urbanas, pois a sua aplicação nas áreas rurais tem encontrado muitos entraves, devido aos acessos, sobretudo na época de chuva.
"Estamos a pensar fazer chegar o Kwenda a outros municípios, depois do Conselho Directivo, que se realiza no próximo mês de Fevereiro”, adiantou Alexandre Domingos, acrescentando que o projecto já está delineado, faltando, apenas, ser discutido o seu alinhamento, porque o cadastramento nas zonas urbanas requer uma série de elementos.
Segundo o director do Instituto de Desenvolvimento Local, o principal eixo do programa para o corrente ano é o seu alargamento para as zonas periurbanas, principalmente para o município do Dande, e promover a inclusão produtiva, que tem a ver com a disponibilização de kits e inputs agrícolas às famílias.
"Essas matérias são solicitadas para fortalecer a agricultura, o comércio e acções no campo que visam o aumento da produtividade. Também incluímos a reabilitação dos Centros de Acção Social Integrados (CASI) de Nambuangongo e do Bula Atumba, para ajudarem a minimizar os problemas das famílias em comunidades mais carentes”, explicou Alexandre Domingos.
Deu a conhecer que os resultados do Kwenda são satisfatórios. "Basta entrar numa comunidade para ver os resultados, o problema não está muito nos valores que são entregues, mas no impacto que têm sobre as pessoas. Hoje, encontramos casas com cobertura de chapa, a produtividade nos campos de cultivo aumentou, muitos engajaram-se na produção agrícola”.
Diálogo comunitário
"O Projecto Kwenda veiu para ajudar as famílias vulneráveis a compreenderem o que fazer com o dinheiro. O diálogo comunitário tem sido o veículo para passar a mensagem, durante o processo de recepção dos valores monetários. O FAS não dá só dinheiro, promove, também, a literacia financeira, a partir do diálogo comunitário, para os beneficiários saberem o que fazer com o dinheiro”, concluiu.
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