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Maioria dos alemães nega lutar pelo país

Uma pesquisa, divulgada pela Civey, para a revista alemã Focus, revela que 57% dos alemães não pegariam em armas contra uma potencial invasão inimiga, enquanto 32% disseram estar dispostos a "participar activamente em operações de combate defensivas", se a nação for atacada, e 11% mostraram-se indecisos.

21/03/2024  Última atualização 11H45
© Fotografia por: DR

Além disso, cerca de 30% não têm "nenhuma confiança" de que o Exército seria capaz de enfrentar um adversário em potencial, e 45% têm "pouca confiança" no Exército, com 15% indecisos, de acordo com a pesquisa publicada na terça-feira.

Ao todo, 10% expressaram confiança nas Forças Armadas, sendo que 2% disseram que a sua confiança é "muito alta" e 8% afirmaram que é "bastante alta". Em termos de financiamento, 69% dos alemães acham que o Exército precisa de mais dinheiro. Outros 64% acreditam que Berlim deveria gastar mais de 2% do seu PIB em defesa nacional. O ministro da Defesa, Boris Pistorius, argumentou em Novembro passado que a Bundeswehr precisa de actualização completa para se tornar "capaz de travar uma guerra". De acordo com a pesquisa, cerca de 73% dos alemães concordam com Pistorius e 64% apoiam a reintrodução do serviço militar obrigatório, que foi abolido em 2011.

A pesquisa Focus foi realizada entre 11 e 13 de Março, com 5 mil alemães com idades acima de 18 anos. A comissária parlamentar para a Bundeswehr, Eva Hoegl, apresentou, recentemente, um relatório anual sobre o estado das Forças Armadas, indicando que o Exército ainda sofre com o encolhimento das suas fileiras e equipamentos inadequados.

"A Bundeswehr está a envelhecer e a diminuir", afirmou a comissária para a Defesa na semana passada, acrescentando que a taxa de desistência no Exército ainda é muito alta, enquanto o número de novas inscrições é menor do que no ano passado.

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