Economia

Maior accionista do Banco Credit Suisse pede demissão

O presidente do Banco Nacional Saudita, o maior accionista do Credit Suisse, renunciou ao cargo, segundo a Bolsa de Valores de Riade.

28/03/2023  Última atualização 08H13
© Fotografia por: DR

O comunicado a que a Bolsa de Valores de Riade teve acesso, indica que a renúncia de Ammar Abdul Wahed Al Khudairy ocorreu "por motivos pessoais" e foi aceite pelo Conselho de Administração do Banco Nacional Saudita.

A nota adianta que o até agora presidente executivo do Banco, Saeed Mohammed Al Ghamdi, passou a ser, a partir de ontem, o novo presidente do conselho de administração, enquanto Talal Ahmed Al Khereiji vai ocupar interinamente o cargo de director executivo.

Algumas declarações de Ammar Abdul Wahed Al Khudairy espoletaram a crise que levou à venda do Credit Suisse ao rival UBS.

Um dia depois, em de-clarações à CNBC, o banqueiro árabe tentou acalmar os investidores, ao defender que as suas palavras apenas repetiam a mesma mensagem que o Banco Nacional Saudita tem transmitido desde Outubro passado, e que foram usadas como desculpas para desencadear um pânico que, na sua opinião, era "totalmente injustificado".

O Banco Nacional Saudita, controlado a 37 por cento pelo fundo soberano da Arábia Saudita, tinha adquirido uma participação de (9,88 por cento) no Credit Suisse por 1.400 milhões de francos suíços (1.415 milhões de euros) no Outono passado, no âmbito do aumento de capital lançado pela entidade suíça e cujo valor foi reduzido substancialmente após o colapso do preço das acções do banco.

No fim de semana, a entidade reguladora do sector financeiro suíço (Finma) admitiu que está a analisar a possibilidade de responsabilizar os administradores do Credit Suisse por erros de gestão que levaram à derrocada do banco.

A aquisição do Credit Suisse pelo UBS aconteceu após a turbulência vivida pelos bancos nos Estados Unidos, que levou investidores a vender títulos de instituições consideradas elos fracos no sistema bancário, como o Credit Suisse, que vinha a acumular problemas há dois anos.

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