Cultura

Mago de Sousa e convidados reconhecem Miami Beach como rampa de lançamento

O concerto de Mago de Sousa ficou marcado pelo reconhecimento do artista e seus convidados do papel desempenhado pelo Miami Beach como rampa de lançamento para muitos artistas com carreira consolidada no mercado musical.

10/09/2023  Última atualização 09H30
© Fotografia por: DR

Com perto de três horas de duração, Mago de Sousa não partilhou o palco apenas com os convidados anunciados, Euclides da Lomba e Puto Português, teve ainda o amigo Kanda e o irmão Nikila de Sousa. Este cantou o sucesso "Cibernética” e recordou o seu passado pelo jazz, rap e a transição para propostas musicais mais nacionais.

Kanda brindou o amigo com um quadro e depois "Pardon”, também recordou as passagens pelo Miami Beach no início da carreira, quando com o seu violão lutava por uma oportunidade para conquistar o seu espaço ao sol. Nikila recordou que foi dos artistas que mais resistiu para sair do afrojazz para a kizomba e semba.

O primeiro convidado a subir em palco foi Euclides da Lomba e a meio do concerto realçou a qualidade artística do companheiro. Em primeira mão adiantou que estão a preparar um dueto, uma composição de Mago de Sousa, que segundo o autor de "Regressa”, é um homem com uma boa caneta. E da casa onde actuou sexta-feira confidenciou que "Desejo Malandro” começou a ser concebido nesta casa de restauração e espectáculos

Se o primeiro convidado desfilou com a kizomba, para contrabalançar, Puto Português trouxe o semba. Interpretou clássicos nacionais e sucessos antigos. Nas memórias dos primeiros momentos da viragem do kuduro para o semba também ligou a casa comandada por Rui Barata.

Mago de Sousa mostrou segurança em palco ao passear sucessos como "Paola”, "Fé Esperança”, "Festa de Quintal”, "Minha Travessa, Maculusso”, e "Par Perfeito”. O artista espera que este concerto relance o Miami Beach para os grandes concertos como no passado e que continue a ser o palco de lançamento de novos valores. A gestão do espaço reconhece não ser fácil manter uma agenda com espectáculos regulares com nomes de destaque, mas promete anunciar para breve algumas surpresas.

João Mago Belo de Sousa começou a carreira musical no ano de 1999, com os amigos Lázaro, Evanilson e Lauro. O hip hop foi o estilo de eleição no início da carreira, mas em 2004 aposta na formação superior na Namíbia e lá forma o grupo "Os Originais”. Neste grupo participa nos três álbuns: "Chicote”, "007” e "Fé”, com o sucesso da música "Fé ou Esperança” a dar muita visibilidade.

Com o fim dos "Originais” abraça uma carreira a solo, em 2015, com o single "Carolina”, uma produção de Chico Viegas, que conquista os angolanos. Seguiram-se "Silêncio”, "Paula” e outros que culminaram no disco "A minha travessa(Maculusso)”, em 2018. Foi finalista do Top dos Mais Queridos, artista revelação Moda Luanda 2016, no Angola Music Awards (AMA) arrebatou em 2017 os prémios Revelação e Semba do Ano e em 2020 com "Boémia” conquista o Semba do Ano.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Cultura