Mais de 900 famílias no bairro Kikolo, município de Cacuaco, em Luanda, estão privadas do normal fornecimento de energia eléctrica, desde terça-feira, devido ao derrube de um poste de média tensão, provocado por um camião desgovernado.
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As províncias da Lunda-Sul, Bengo, Cabinda e Luanda são as que registam maior cobertura dos serviços de saúde nas aldeias, segundo o relatório dos resultados do Recenseamento Agropecuário e Pescas (RAPP).
Divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a Lunda-Sul tem 28,3 por cento das aldeias com cobertura de serviços de saúde, Bengo (com 26,5%), Cabinda (24,9%) e Luanda (23,3%).
Quanto às províncias com menor cobertura de unidades de saúde constam a Huíla e Lunda-Norte, com cada 10%, e Bié que tem 8,7%.
Ao apresentar a Estratégia de Desenvolvimento a Longo Prazo "Angola 2025”, o director-geral do INE, José dos Santos Calengi, salientou que, no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário (PNDS) 2012-2025, os dados do recenseamento mostram que os serviços de saúde, um factor que contribui para o desenvolvimento humano essencial ao bem-estar da população, ainda não estão presentes na maioria das aldeias.
Das 23.832 aldeias recenseadas no país, 3.230 dispõem de unidade sanitária (hospital, centro ou posto médico), o que corresponde a 14% e outras 20.602 não possuem nenhuma unidade de saúde, o que representa 86%.
Noutro sector, o relatório dos resultados do RAPP indicam que 83,7% das aldeias em todo o país não têm nenhuma fonte de electricidade, sendo que cerca de 11% usa geradores privados e somente 3% tem como fonte de energia eléctrica a rede pública, 2% recorre a geradores comunitários e 1% a placas solares.
No que se refere ao acesso das aldeias aos meios de transporte, das 23.832 aldeias recenseadas, pelo menos 11.781 tem acesso aos táxis, vulgo "candongueiro”, o correspondente a 49 % das aldeias, enquanto 2.215 povoações (9.3%) têm beneficiado do autocarro.
Os dados do INE referem, ainda, que em 420 aldeias, cerca de 1.8%, faz uso de barco ou canoas, 250 povoações (10%) têm acesso ao comboio e outras 185 aldeias afirmam ter acesso a outros meios de transporte.
O relatório é resultado de um levantamento feito entre 2019 e 2021, e contou com a participação de cerca de mil inquiridores, coordenados institucionalmente pelos ministérios da Agricultura e Florestas, Pescas e Recursos Marinhos e da Economia e Planeamento.
A nível de parceiros externos, a elaboração do RAAP teve a colaboração do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e Banco Mundial.
Actividade agro-pecuária e pescas
O relatório do RAPP dos resultados Comunitário das Aldeias dá conta que existem no país 23.832 aldeias que se dedicam às actividades de produção agrícola, pecuária e pescas.
O director-geral INE salientou que o trabalho agrícola é uma das duas principais actividades em 23.651 aldeias, representando 99,24%, seguida da pecuária, em 20.813 aldeias (87,33%) e a pesca, em 2.192 povoações, com 9,20%. Essas localidades estão maioritariamente nas províncias da Huíla, Huambo e Bié.
Em 19% das aldeias, existe serviços de manutenção ou assistência técnica aos equipamentos agrícolas mecanizados, o que corresponde a 100 aldeias. A nível nacional, só cerca de 1% dessas localidades conta com vendedores de fertilizantes, quase a mesma percentagem de comerciantes de pesticidas, sementes e lojas de instrumento de trabalho agrícola.
Quanto à prática da actividade agrícola, a província de Huíla lidera com 27,3%, seguida pelo Huambo com 23,8% e Bié fecha o "Top 3”, com 23,8%.
Entre as províncias que apresentam menor grau de actividades ligadas à agricultura, pescas e à pecuária surgem a Lunda-Sul, Bengo e Namibe. "Nestas localidades, é o trabalho agrícola que tem mais famílias a praticá-la”, explicou José dos Santos Calengi.
Agregados agrícolas familiares
Ao apresentar o relatório, que tem dados recolhidos, em 2021, num período de quatro meses, o director-geral do INE referiu que os resultados dos agregados familiares, agropecuários e piscatórios têm uma margem de 2.364,880, dos quais foi recenseado um total de 2.289.644 explorações agrícolas familiares.
José dos Santos Calengi explicou que, neste universo, em termos de percentagem das explorações agrícolas familiares beneficiadas com a assistência técnica, realce recai para a província de Malanje com 5,9%, Cabinda (3,6%) e Bié (2,5), respectivamente. No caso do Cuando Cubango, o resultado foi zero.
No que toca à área cultivada por províncias, no global, Angola representa 96,4%. Nesta classe, Lunda-Norte dispõe de 99,2%, seguida do Bengo (99%), Moxico (98,6%), Cuando Cubango (98,5%), Cuanza-Norte (98,4%) e Huíla (98%).
Banco Mundial realça importância do recenseamento
O representante do Banco Mundial (BM), Juan Alvarez, considerou positivos os resultados do RAAP, ao referir que os dados estatísticos ajudam Angola, principalmente o Executivo a criar as políticas públicas que beneficiem os cidadãos.
Por isso, avançou que o BM forneceu apoio técnico, aspecto que já faz parte das pesquisas da instituição não só com Angola, mas, também, com outros países de África.
Quanto ao apoio ao projecto, Juan Alvarez destacou que o BM financiou um investimento global de aproximadamente 60 mil dólares, avançando que a instituição tem outros projectos ou parcerias com o país.
Entre esses investimentos, o representante da instituição bancária mundial fez referência a programas extensos, avaliados, actualmente, em 2,7 mil milhões de dólares, para apoio às áreas da educação, saúde, protecção social, electricidade, água e outras.
"Estamos a desenhar um marco de cooperação com Angola para os próximos cinco anos”, disse Juan Alvarez, para quem o BM pretende que essas acções sejam alinhadas com três pilares do Plano de Desenvolvimento Nacional: diversificação económica, desenvolvimento do capital humano e de infra-estruturas.
Para isso, explicou que o BM tem de analisar primeiro as principais prioridades do Executivo e tentar alinhar o marco de cooperação do financiador com o PDN, baseado nas análises que a instituição bancária tem feito durante anos.
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