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Lula promete honrar a posição do Paraguai

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, disse ontem que respeitará o Paraguai nas negociações que começarão este ano para redefinir algumas das cláusulas do tratado pelo qual os dois países construíram a hidroeléctrica de Itaipu há 50 anos.

18/03/2023  Última atualização 09H10
Presidente brasileiro © Fotografia por: DR

 "Tenho a certeza de que chegaremos a um tratado que levará em conta a realidade dos dois países e muito em conta o respeito que o Brasil tem que ter por um aliado, nosso amado Paraguai”, afirmou o chefe de Estado brasileiro, citado pela Lusa na reunião de posse do novo director brasileiro da Itaipu, deputado Enio Verri.

Na cerimónia, realizada na sede da hidroelétrica, estiveram presentes o Presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, assim como os ministros dos Negócios Estrangeiros de ambos os países. "Da parte do Brasil estamos mais maduros, mais conscientes, e faremos um novo tratado mais benéfico para a manutenção do desenvolvimento do Brasil e do Paraguai, e para a manutenção da boa convivência entre os dois países”, assegurou Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula insistiu que o Brasil tem que levar em conta os direitos do Paraguai nas negociações e, "como um irmão mais velho”, fazer a economia dos países vizinhos crescer junto com a brasileira. "Tenho a noção de que não é possível que não levemos em conta os direitos [paraguaios]”, disse Lula da Silva, lembrando que nos seus primeiros mandatos foi criticado por ter feito concessões para Itaipu construir uma nova linha de transmissão de energia eléctrica até Assunção e ofereceu outros benefícios ao Paraguai.

"Um país do tamanho do Brasil, que faz fronteira com quase todos os países da América do Sul, tem que dividir seu crescimento económico com seus parceiros. Não dá para imaginar um país rico cercado de países pobres por todos os lados”, avaliou o Presidente brasileiro.

"Como irmão mais velho, o Brasil tem a responsabilidade de fazer com que outros países cresçam junto connosco para viver num continente de paz e tranquilidade, e nunca mais repetir um gesto ignorante de uma guerra entre irmãos, entre nações, como já aconteceu entre o Brasil e Paraguai”, acrescentou ao relembrar a guerra da Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai contra o Paraguai).

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