O Presidente francês, Emmanuel Macron, enalteceu hoje a importância da revolução do 25 de Abril no caminho democrático europeu, recordando que "a Europa de hoje deve muito" à coragem dos então jovens 'capitães de abril'.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou ao homólogo do Azerbaijão, Ilham Aliyev, a necessidade do reforço estratégico da segurança na Região do Cáucaso Sul, durante um encontro no Kremlin, no qual acordaram aumentar a confiança e a cooperação mútua.
O Presidente do Brasil, Lula da Silva, disse, esta quinta-feira, acreditar que apoiantes de Jair Bolsonaro que vandalizaram instituições do poder em Brasília, no domingo, foram ajudados por agentes de segurança e elementos das Forças Armadas.
"Estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para que gente entrasse porque não tem porta quebrada. Significa que alguém facilitou a entrada deles aqui. Nós vamos com muita calma investigar e ver o que aconteceu de verdade”, afirmou Lula da Silva.
O chefe de Estado, que falava num pequeno-almoço com jornalistas no Palácio do Planalto, referia-se à invasão e vandalização do Palácio da Presidência, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada por apoiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro.
"As Forças Armadas não são o poder moderador como pensam que são. As Forças Armadas têm um papel na Constituição, que é a defesa do povo brasileiro e da nossa soberania contra possíveis inimigos externos. É esse o papel das Forças Armadas e está definido na nossa Constituição. É isso que quero que seja bem feito”, disse Lula da Silva.
O Chefe de Estado brasileiro também fez um apoio público ao ministro da Defesa, José Múcio, após críticas recebidas por amplos sectores do Partido dos Trabalhadores (PT) e simpatizantes do Governo por supostamente subestimar os protestos e o acampamento na frente do quartel-general do Exército em Brasília mantido por 'bolsonaristas' que não aceitavam o resultado das eleições.
"Ele [Múcio Monteiro] vai continuar sendo meu ministro porque eu confio nele (...) Tenho o maior respeito por ele e ele vai continuar. Se eu tivesse que trocar de ministro toda vez que eles erram, seria a maior rotatividade de mão-de-obra da história do Brasil”, ironizou.
"Todos nós erramos. José Múcio vai continuar”, concluiu Lula da Silva, que, segundo os 'media' locais, já havia informado o ministro da Defesa sobre seu desconforto com a suposta indiferença que teria mostrado com os protestos que acabaram levando as invasões às sedes dos três poderes no domingo.
As dúvidas sobre Múcio, cujo papel conciliador no tratamento com as Forças Armadas foi destacado, datam das semanas anteriores à posse de Luiz Inácio Lula da Silva, quando alguns integrantes do Governo eram favoráveis à expulsão dos que estavam acampados à porta do quartel-general do Exército.
Múcio insistia em que eram manifestações democráticas pois tinha amigos e familiares nesses acampamentos.
Apoiantes do ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.
A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram cerca de 1.500 detidos.
A Polícia Federal brasileira informou que cerca de 600 pessoas presas acusadas de participarem nos actos, na maioria idosos com mais de 65 anos, mulheres que têm filhos pequenos e pessoas com comorbilidades graves, foram libertadas para responder em liberdade.
A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira que apoiam o anterior Presidente, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de Outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, na capital brasileira.
Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, terão actuado com negligência e omissão.
Torres é alvo de um pedido de prisão que ainda não foi cumprido por se encontrar em viagem aos Estados Unidos da América.
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